JUE 18 DE ABRIL DE 2024 - 04:30hs.
André Feldman, representante do Caesars no Brasil

“Nossa posição é que se tenha uma lei que legalize o jogo no Brasil”

(Exclusivo GMB) – Após o lançamento da Frente Pró-Jogo na Câmara dos Deputados, surgiu o rumor de que uma corrente tentava legalizar os cassinos separado de outros modos de jogos. Em conversa sobre o tema com o GMB, André Feldman, representante dos cassinos Caesars no Brasil, afirma que a ideia não tem fundamento e que os cassinos buscam uma lei de jogo completa. “É uma luta em conjunto de todos os setores ligados ao jogo para que se tenha um marco regulatório, que passe a lei'.

GMB – Você com certeza já ouviu falar desse rumor que surgiu recentemente de que os cassinos estão procurando um modo de legalizar apenas o segmento em um primeiro momento e mais pra frente legalizar os demais modos de jogos. Como representante do Caesars no Brasil e por consequência do setor de cassinos, o que você pode nos falar sobre o tema? Como ele ganhou essa repercussão?
André Feldman
- Essa afirmação de que os cassinos estão querendo fazer uma proposta separada das outras apresentações de jogo ela não tem muito fundamento. Vou tentar explicar em poucas palavras como ela acabou surgindo. Essa iniciativa começou com o Deputado Herculano Passos, ele cuida da comissão responsável pelo turismo na Câmara, essa comissão tem por base tentar levantar todas as formas possíveis de melhorar o turismo no Brasil. E ele entende que o cassino, não só pelo cassino, mas, por causa do entretenimento, dos shows, os espetáculos; como a gente vê em Las Vegas, as coisas em volta do jogo e os grandes resorts, eles têm haver com o turismo. Então, ele dentro do Ministério do Turismo, está tentando fazer um projeto onde ele pede que dentro da lei de incentivo ao turismo que se inclua os cassinos.

Os demais tipos jogos não poderiam ser incluídos nesse projeto? Em qual dificuldade eles esbarram?
O que acontece é que ele não consegue incluir nesse projeto os demais jogos da lei de jogos normais porque ele entende que eles não têm vinculo com o turismo; que o bingo não vai trazer turismo; são tipos de jogos voltados ao público local, para as pessoas que vivem nos municípios. Ele só não conseguiu incluir as outras formas de jogo no projeto do turismo da mesma forma que ele consegue e entende que é valido incluir os cassinos.

Apesar dessa diferença dos cassinos terem mais ligação com o turismo, a posição do segmento é de que se tenha uma lei completa de jogos? Como é o relacionamento dos cassinos com os demais segmentos do jogo?
Afirmar que os cassinos estão tentando fazer uma legalização, lutar separado; no nosso ponto de vista, no que a gente tem feito é totalmente fora. A gente tem muita amizade com o pessoal do Instituto Jogo Legal, com a ABRABINCS, a gente tem feito tudo em conjunto, acompanha, vai aos eventos deles, participa dos jantares. A nossa posição é que tem que ter o marco regulatório que legalize o jogo no Brasil. As atividades de jogos relativas a cada setor numa segunda parte de regulamentação é que serão definidas aonde que cada um vai ter o seu espaço e vai se enquadrar.

Mesmo sem a regulamentação definida acredita que o espaço dos cassinos será ligado ao turismo? Como será a postura do segmento na continuação da luta pela lei do jogo?
Que o cassino, da forma que foi colocado na lei, dentro de resorts, se enquadra nas leis do turismo... isso não tem dúvida. Mas, isso não quer dizer que o pessoal do cassino tente fazer que só passe cassino, não tem nada haver essa afirmação. É uma luta junto, em conjunto, de todos os setores ligados ao jogo para que se tenha um marco regulatório, que passe a lei.

Fonte: Exclusivo GMB