GMB – Você com
certeza já ouviu falar desse rumor que surgiu recentemente de que os cassinos
estão procurando um modo de legalizar apenas o segmento em um primeiro momento
e mais pra frente legalizar os demais modos de jogos. Como representante do Caesars
no Brasil e por consequência do setor de cassinos, o que você pode nos falar
sobre o tema? Como ele ganhou essa repercussão?
André Feldman - Essa afirmação de que os cassinos estão querendo fazer uma
proposta separada das outras apresentações de jogo ela não tem muito
fundamento. Vou tentar explicar em poucas palavras como ela acabou surgindo.
Essa iniciativa começou com o Deputado Herculano Passos, ele cuida da comissão
responsável pelo turismo na Câmara, essa comissão tem por base tentar levantar
todas as formas possíveis de melhorar o turismo no Brasil. E ele entende que o
cassino, não só pelo cassino, mas, por causa do entretenimento, dos shows, os
espetáculos; como a gente vê em Las Vegas, as coisas em volta do jogo e os
grandes resorts, eles têm haver com o turismo. Então, ele dentro do Ministério
do Turismo, está tentando fazer um projeto onde ele pede que dentro da lei de
incentivo ao turismo que se inclua os cassinos.
Os demais tipos jogos
não poderiam ser incluídos nesse projeto? Em qual dificuldade eles esbarram?
O que acontece é que ele não consegue incluir nesse projeto os demais jogos da
lei de jogos normais porque ele entende que eles não têm vinculo com o turismo;
que o bingo não vai trazer turismo; são tipos de jogos voltados ao público
local, para as pessoas que vivem nos municípios. Ele só não conseguiu incluir
as outras formas de jogo no projeto do turismo da mesma forma que ele consegue
e entende que é valido incluir os cassinos.
Apesar dessa
diferença dos cassinos terem mais ligação com o turismo, a posição do segmento
é de que se tenha uma lei completa de jogos? Como é o relacionamento dos cassinos
com os demais segmentos do jogo?
Afirmar que os cassinos estão tentando fazer uma legalização, lutar separado;
no nosso ponto de vista, no que a gente tem feito é totalmente fora. A gente
tem muita amizade com o pessoal do Instituto Jogo Legal, com a ABRABINCS, a
gente tem feito tudo em conjunto, acompanha, vai aos eventos deles, participa
dos jantares. A nossa posição é que tem que ter o marco regulatório que
legalize o jogo no Brasil. As atividades de jogos relativas a cada setor numa
segunda parte de regulamentação é que serão definidas aonde que cada um vai ter
o seu espaço e vai se enquadrar.