JUE 28 DE MARZO DE 2024 - 19:32hs.
André Schuartz, sócio-fundador da Cassinera

“Brasil tem cultura do jogo, mas ela é reprimida”

(Exclusivo GMB) – Há nove anos a Cassinera traz aos brasileiros a experiência dos cassinos em festas, eventos e dentro de hotéis e resorts. André Schuartz, fundador da empresa, afirma que o país tem a cultura do jogo e que é procurado por pessoas interessadas em ter cassinos reais no Brasil. “Somos a referência para os que querem entrar nesse mercado”, afirmou.

Como surgiu a Cassinera e como ela veio evoluindo com o tempo até hoje ser mais que uma empresa que só organiza festas, mas, um negócio do ramo de jogos?
​A Cassinera surgiu depois que eu, André, voltei dos EUA em 2007; lá trabalhei para cassinos como dealer. Muito me agradava o jogo em si, porém, a possibilidade de perder dinheiro era completamente frustrante na minha cabeça, então quando voltei para o Brasil decidi estruturar uma ideia onde houvesse um cassino unicamente com a possibilidade de ganhar/ acumular algo sem a possibilidade de perder, assim nasceu a Cassinera que é uma empresa que leva jogos de cassino para festas e eventos com intuito de divertir e entreter seus convidados. Com o passar do tempo, fomos nos especializando na forma de fazer o jogo e nos gabaritando para entregar uma experiência mais fidedigna que até viramos referencia para os Cassinos internacionais.

Qual a maior dificuldade em se trabalhar com um produto que, por não ter uma legislação que o respalde, é tratado com certo preconceito, como os cassinos? Qual foi sua estratégia para superar essa barreira?
​A empresa Cassinera já existe há nove anos, nos primeiros dois anos de vida do negócio era "porta na cara" o tempo inteiro. As marcas tinham medo de se associar com jogo e tinham também receio de má interpretação caso contratassem a Cassinera. Enfim, era puro preconceito, que logo acabou.
A estratégia foi disseminar a ideia para mídias espontâneas que pudessem propagar que isso não era nenhuma atividade ilegal, e foi assim que conseguimos quebrar o primeiro pré-conceito da nossa prestação. Em 2009 aparecemos em uma grande matéria da Veja São Paulo, com o título (É tudo Brincadeira) e parece que dali em diante a matéria virou uma aprovação legal do serviço prestado.

Vocês tem acompanhado o processo de legalização dos jogos no Brasil? Qual sua avaliação do que vem sendo feito e como está se preparando para um futuro mercado legalizado de jogos?
Acompanhamos de longe, nosso negócio não está vinculado com a legalização do jogo. Não depende disso para crescermos ou diminuirmos. No entanto acabamos sendo procurados semanalmente por empresários, lobistas e sonhadores que querem montar um cassino no Brasil. Acredito que somos a empresa no país com maior mão de obra especializada do setor e maior número de mesas de cassino, o que nos torna referencia para muitos que querem entrar nesse mercado.​


PUBLICIDADE


A Cassinera tem proporcionado a experiência de jogar em cassino aos brasileiros. Pelo que você já viu das pessoas a quem atendeu, os cassinos terão um público bom e participativo quando for aprovada a lei do jogo?
​Jogo na sociedade faz parte da cultura, eu acredito que o Brasileiro até 2010 pouco vivenciava essa experiência, no entanto nos últimos sete anos muito mudou. O poker, mesmo sendo considerado esporte, impulsionouessa cultura no país. Ou seja, temos a cultura, mas, ela é reprimida. Vemos isso nos eventos Cassinera, a grande maioria das pessoas não sabem jogar, mas, quando aprendem ficam loucas para "ter mais".

O setor hoteleiro também é um cliente da Cassinera. O cassino como atração nos resorts tem sido bem avaliado, não só pelos hospedes, mas, também pelos empresários do setor?
​A hotelaria é um nicho importante para Cassinera, atendemos 8 hotéis no Brasil com contratos recorrentes, alem de mais hotéis e resorts que nos contratam pontualmente e esse número cresce a cada ano. O hospede se diverte muito em nossas mesas, fazendo com que o hotel replique a atração novamente. Temos uma operação fixa dentro do Sofitel Jequitimar que funciona todos os dias, o termômetro é nosso guest comment extremamente positivo. Pode-se também ver isso no Trip Advisor a quantidade de menções positivas que os hospedes do Jequitimar fazem ao cassino (Cassino Jequiti).

Preparando pessoas para trabalhar nos eventos da Cassinera, surgiu a Dealer Pró, uma escola profissionalizante para dealers. Qual o principal foco da Dealer Pró atualmente e qual os projetos pro futuro visando a legalização do jogo e as vagas de emprego que surgirão?
Hoje o foco são modalidades e variações de poker para empregar profissionais no mercado local ou até mesmo para trabalhos em navios ou exterior. Porem o objetivo é que seja uma escola completa de dealers, com todos os jogos,mas para isso precisamos ter um mercado de trabalho local para oferecer estes cursos profissionalizantes.

Você já disse que sua próxima meta é que a empresa cresça 30% ao ano e chegue ao nordeste brasileiro. Essa meta esta próxima de ser alcançada? Quais os próximos passos da Cassinera?
​A meta dos 30% estamos batendo e a maior novidade é que a Cassinera estará em Salvador nos próximos 60 dias, para iniciar o mercado regional. Estamos assinando um novo contrato com um operador local em modelo de parceria que irá explorar o nordeste.

Fonte: Exclusivo GMB
Galería de fotos