VIE 29 DE MARZO DE 2024 - 03:51hs.
Luis Gama, presidente da Cibelae

"É um grande erro que o Brasil proíba o jogo"

Em uma recente entrevista, o presidente da Corporação Iberoamericana de Loterias e Apostas dos Estados (CIBELAE), Luis Gama, analisou a fase atual da indústria na região destacando as possibilidades do jogo online continuar crescendo. Nesse setor, ele acredita que, se o Brasil não legalizá-lo, significará 'um atraso importante' e disse que considera um 'grande erro' a proibição do jogo no país.

Diretor Nacional de Loterias e Quinielas do Uruguai e membro do Comitê Executivo da WLA, Gama, que foi premiado com a entrada no Hall da Fama da Indústria de Loteria 2018 do Public Gaming Research Institute (PGRI), explicou que a região está crescendo em termos de jogos, mas terá um potencial ainda maior se os governos se concentrarem na regulamentação dos jogos online e na luta contra o jogo ilegal.

Durante uma entrevista ao El Diario del Juego, o presidente da CIBELAE disse que o jogo está crescendo na região, mas que teria um crescimento maior se alguns problemas que estão atrasando o setor fossem resolvidos. Ele também disse que as apostas esportivas online representam cerca de 70% do mercado, enquanto o jogo físico "está quase limitado, por que o crescimento vem por outro lado, pelo virtual".

Sobre os países que estão entre a legalização do jogo online e o silêncio de deixar tudo como está, Gama explicou que o Brasil representa um terço do mercado regional, e que está na dúvida em legalizar ou não, o que, se continuar assim, vai significar um atraso importante.

Para Gama, a proibição do jogo é um "grande erro" porque as administrações pensam que se proibir uma atividade ela desaparece como que por mágica. "Em todo o setor de cassinos da região, hoje temos Brasil, Equador e Venezuela como os três países onde o jogo é proibido e por isso se pensa que as pessoas não jogam. Bom, isso é pior, porque, por um lado, as pessoas gostam cruzar a linha e por outro lado, não é muito claro o que é legal e o que é ilegal", explica ele reconhecendo que a indústria deve fazer uma autocrítica porque está faltando informação.

"Às vezes, há governos que não querem sair para informar sobre os assuntos dos jogos e isso é um erro, porque a desinformação leva ao crescimento dos que operam ilegalmente. Eu acredito que a proibição é um engano em que alguns querem acreditar e na realidade não há nada como uma boa regulamentação e um Estado que esteja por traz como um garantidor", concluiu.

Fonte: GMB / El Diario del Juego