Na sua opinião, quão importante é ter eventos como o Juegos Miami, onde os tomadores de decisão da indústria e dos reguladores podem se encontrar e interagir?
Em um mundo como hoje, onde as tecnologias se renovam tão rapidamente, ter a oportunidade de conhecer pessoas que tomam decisões na indústria de jogos é extremamente crítica, e o Juegos Miami é um importante ponto de encontro e estrategicamente posicionado para atender toda a América Latina. Espero ansiosamente encontrar todos os participantes da indústria do jogo no evento, e espero que o governo brasileiro esteja representado e aberto a sugestões sobre como produzir uma regulação excelente e séria do mercado de jogos.
O que você espera alcançar nas mesas-redondas Juegos Miami Country?
A similaridade socioeconômica e linguística dos países da América Latina possibilita a troca de experiências entre reguladores e operadores para orientar projetos industriais. Essas reuniões tornam esse intercâmbio mais rápido e objetivo.
Qual é a sua avaliação atual do panorama legislativo no Brasil?
O Brasil passou e está passando por algumas transformações políticas. Essas transformações acabam enfocando outras importantes decisões para o futuro do país. O tema da regulamentação dos jogos nunca foi tão discutido e, apesar de ser um ano em que um novo presidente será eleito, esperamos que a regulamentação não seja adiada.
Em relação a isso, quais são os obstáculos que o Brasil precisa superar?
O preconceito da mídia parece ser menos aparente. Agora precisamos superar o preconceito de alguns parlamentares de mentalidade religiosa, que estão isolados, geralmente sem nenhuma base clara e sustentável. Eles são cegos ou não querem ver que a não-regulamentação é pior para aqueles que eles afirmam estar protegendo.
Você acha que o Brasil deveria aprender com os sistemas regulatórios de outras jurisdições atualmente em vigor ou deveria criar seu próprio conjunto de regulamentações sob medida?
Ninguém deveria querer reinventar a roda. Existem vários regulamentos globais sobre os quais o Brasil deve olhar no que diz respeito ao controle do jogo regulamentado. Com o atual desenvolvimento da tecnologia, é possível ser muito preciso com o controle on-line de jogos e apostas, o que torna tudo muito possível no futuro.
Quão valioso você acha que o evento deste ano co-localizado com a GiGse, trazendo um evento pan-latino-americano e um norte-americano juntos sob o mesmo teto?
Toda a experiência do mercado norte-americano é importante para outros países. Será uma excelente oportunidade para os operadores globais mostrarem aos empresários dos EUA que eles têm a tecnologia e a experiência para trabalhar efetivamente nesse mercado.
O extenso programa Juegos Miami 2018, que acontecerá em três dias no The Biltmore, em Miami, permitirá que operadores, reguladores e governos enfrentem os desafios e oportunidades enfrentados pelo setor.
Para baixar a agenda, visite www.juegosmiami.com/learning-program.
Fonte: GMB