VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 11:19hs.
Intralot foi convidada para a próxima semana

Chamadas pelo Governo brasileiro, IGT, Scientific Games e Valid deram sua visão da LOTEX

Como havia anticipado há duas semanas, o Ministério da Fazenda e o BNDES convidaram as grandes empresas internacionais interessadas na concessão da loteria instantânea do Brasil para conhecer os motivos da ausência de ofertas que aconteceu no último dia 25 de junho. Serão quatro encontros dos quais já aconteceram se três com IGT, Scientific Games e Valid. Intralot foi convidada para a próxima semana.

Os representantes das empresas extrangeiras se reuniram individualmente com os membros do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Ernest & Young (EY) de maneira presencial enquanto que por video conferência se uniram as conversas os técnicos da Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria (SEFEL).

Segundo pode apurar o Games Magazine Brasil, todas as partes ficaram satisfeitas com as reuniões que foram consideradas “positivas e honestas” já que se pode opinar livremente sobre todas as dúvidas que gerou a ausência de ofertas do dia 25 de junho. 

A maioria das razões das empresas para explicar porque não apresentaram propostas passaron pela incerteza que nasceu a partir da Medida Provisória 841 promulgada pelo presidente Michel Temer que dispõe sobre a destinação do produto da arrecadação das loterias para ações de segurança. 

A MP recebeu 95 emendas da parte dos deputados e senadores da Comissão Mista que deve analisá-la. Varias delas pedem para reduzir os prêmios e fundos destinados a despesas de custeio e manutenção do agente operador da nova LOTEX.

Nestas horas já se sabe que a MP 841 será modificada e ainda é desconhecido se as mudanças que o presidente Michel Temer aceitará evitam o risco jurídico que os investidores pretendem para se apresentar e ofertar pela LOTEX.  

A ideia da SEFEL e do BNDES é diagnosticar com claridade os motivos da falta de ofertas, seguir de perto o resultado final sobre as mudanças na MP 841 e, assim que se converta em lei, publicar novos editais com a menor quantidade de mudanças  possível para conseguir realizar o leilão da LOTEX ainda este ano.

Ambas as organizações acreditam que este processo ainda pode ser finalizado em 2018 apesar das eleições presidenciais de outubro. Sem prazo, SEFEL e BNDES não planejaram fixar datas já que existem vários temas a se resolver antes. 

O leilão da chamada "raspadinha" sofreu vários adiamentos, mudanças nos valores de outorga e nas regras, em geral com o objetivo de atrair um grande operador estrangeiro para atuar no Brasil e concorrer no segmento de loterias com a Caixa Econômica Federal, que foi obrigada a ficar de fora do leilão.

Segundo os editais, a concessão devia ser por 15 anos, com um valor de otourga de R$ 542 milhões. Os estudos elaborados pelo BNDES apontavam para a possibilidade de uma arrecadação total, pelo concessionário, na ordem de R$ 6 bilhões já a partir do quinto ano de exploração do serviço.

Fonte: GMB