VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 21:14hs.
Portugal

Slot machines impulsionam receitas dos cassinos para 238,5 milhões de euros

Os 11 casinos portugueses geraram receitas brutas de jogo de 238,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um crescimento modesto de 2,9% face ao mesmo período de 2017. O aumento foi sustentado pelas slot machines (máquinas automáticas), que garantiram proveitos de 196,4 milhões, mais 3,3%. Já os jogos bancados (roleta, póquer, bacará, entre outros) foram responsáveis por receitas de 41,1 milhões, uma subida de apenas 1%.

Os números divulgados ao DN/Dinheiro Vivo pela Associação Portuguesa de Casinos revelam que as salas portuguesas de jogo de fortuna e azar apresentam um crescimento moderado. E nem os meses de verão tiveram, desta vez, um efeito propulsor nas receitas. A concorrência do jogo online e dos jogos sociais, como a Raspadinha, têm travado um maior aumento dos proveitos do jogo em casinos. "O mercado não é elástico", reconhece fonte do setor.

Lisboa estagnado

O Grupo Estoril-Sol, líder do mercado e que explora as salas de jogo de Estoril, Lisboa e Póvoa de Varzim, gerou receitas com o jogo de 147,2 milhões de euros nos nove primeiros meses do ano, uma subida de apenas 1,9%, condicionada pelo Casino Lisboa, que apresentou proveitos brutos de 63,8 milhões, um aumento de 1,1%. Das salas de jogo de Stanley Ho em Portugal, a Póvoa de Varzim foi a que apresentou a melhor performance, com um aumento de 4,4% para um total de 34,9 milhões de eurosJá o Casino Estoril registou receitas de 48,4 milhões, mais 1,3%.

O Grupo Solverde, detido por Manuel Violas e responsável pelos casinos de Espinho, Chaves e zona de jogo do Algarve (integra as salas de Vilamoura, Praia da Rocha e Monte Gordo), registou um crescimento bem mais expressivo de 5,2% nas receitas, que ascenderam a 70,1 milhões de euros. Para este desempenho contribuíram essencialmente Espinho e Algarve, com destaque para Vilamoura.

O Casino Espinho obteve receitas de 37 milhões nos nove primeiros meses do ano, um aumento de 7%. Também o de Vilamoura cresceu em percentagem semelhante, mais concretamente 6,8%, totalizando 14,7 milhões. No agregado, a zona de jogo do Algarve foi responsável por 27,1 milhões, um aumento de 4,2%. Em contraponto, as receitas do casino de Chaves caíram 1,5% para 5,9 milhões.

Também o Casino Figueira, da Amorim Turismo, garantiu um crescimento acima do mercado, faturando 11,9 milhões com a atividade do jogo, mais 5,9%. A sala de Troia, controlada pelo fundo Aquarius, gerou três milhões de euros, um aumento nas receitas de 0,5%.

A maior quebra foi sentida pelo Casino da Madeira, do Grupo Pestana. Esta sala gerou receitas de 6,2 milhões de euros, menos 2,3% do que nos primeiros nove meses de 2017.

Fonte: GMB / Sónia Santos Pereira - DN.pt