Imaginem se me fosse oferecida a seguinte oportunidade:
Aceitar um emprego na Europa ou Estados Unidos e ganhar 10 vezes mais o que ganho aqui no Brasil.
Eu poderia dizer não... não agora. Eu não tenho carro e apartamento nos Estados Unidos e nem na Europa. Como eu irei para o trabalho sem um carro ou como vou viver sem um apartamento? Não. Obrigado.
Assim que eu achar um carro e um lugar para morar, nos falaremos novamente e, aí sim, aceitarei o novo emprego.
Essa lógica soa esquisita, não é mesmo?
Em junho deste ano eu fui convidado para um evento na Embaixada Britânica, em Brasília, quando o objetivo da Embaixada e dos organizadores do evento era apresentar alguns estudos de viabilidade e impacto socioeconômico do licenciamento do jogo no Brasil para congressistas e integrantes da casa civil, ministérios do turismo e economia e, é claro, Caixa Econômica Federal.
De tudo, algo que me chamou demais a atenção foi o fato de a Caixa Econômica Federal se posicionar no sentido de que a liberação do jogo, neste momento, é perigosa pois a Banco Federal não possui efetivo suficiente para fiscalizar a nova atividade econômica.
Se eu não estiver enganado, são 17 funcionários fiscalizando loterias e tal efetivo é pequeno demais para tomar conta das novas modalidades de jogos, em especial as praticadas através da internet.
Segundo o alto-executivo da Caixa Econômica Federal, assim que o Órgão possuir estrutura suficiente para fiscalizar a jogatina eles serão a favor.
Nós realmente precisamos mudar a direção e a velocidade das mudanças por aqui.
Witoldo Henrich Junior
Witoldo Henrich Junior. Advogado. Mestre em Administração de
Empresas (IBMEC). Pós-graduado em Direito Tributário. Professor de cursos de
pós-graduação na PUC-Rio. Sócio fundador da Online IPS Brazil, empresa global
em solução de pagamentos, e do Hendrich Advogados. Ex-Membro-Consultor da
Comissão Nacional de Acesso à Justiça da OAB. Ex-Assessor-Chefe da Diretoria
Jurídica da COMLURB. Ex-Assessor Jurídico da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados (STJ). Empresário no Brasil, EUA e Colômbia.
Publicou artigos nas áreas de Direito Imobiliário, Tributário, Processo Penal,
Processo Tributário e Regulatório.