Os empresários do setor de jogos on line tem feito fortes críticas ao monopólio de controle do jogo em rede dado a Caixa Econômica Federal no projeto de lei que tramita no senado. Em conversa com a Games Magazine, o advogado Luiz Felipe Maya, sócio fundador do escritório FYMSA e moderador dos painéis sobre o tema no Brazilian Gaming Congress, explica qual seria o melhor modelo para o mercado.
"O monopólio já se provou ineficiente, hoje nós vivemos monopólio para jogos de apostas e o resultado é que temos aproximadamente R$13bi de jogo legal e cerca de R$20bi de ilegal. Eu acho que o melhor modelo é o que permita a certo número de operadores, o que garante um produto melhor, um atendimento melhor e que um competidor ajude na fiscalização do outro”.
Outra preocupação do setor é a tributação ao apostador que segundo o Luiz Felipe pode inviabilizar o jogo online por afastar um público que hoje já joga na internet fora do país.
"Em relação a tributação, nenhum dos dois projetos faz distinção entre a tributação pro jogo online ou off line, mas, os dois trazem uma carga muito grande sobre o apostador. Ou seja, ninguém vai apostar em site ou casa de aposta do Brasil”.
Mesmo com todas as dificuldades, Luiz Felipe ainda acredita no sucesso do jogo online no Brasil e usa o exemplo das redes sociais como termômetro para uma projeção de sucesso.
"A penetração de internet no Brasil é alta, em termos de mídia social somos o terceiro, já foi o segundo com mais acesso, e o brasileiro tem muita facilidade em adotar novas tecnologias. Eu vejo o potencial do jogo online com muito bons olhos. Pro futuro, talvez seja melhor até que o jogo off line”.