De olho nesse potencial, algumas empresas já se preparam. O Susquehanna International, por exemplo, está montando uma divisão de apostas esportivas na Irlanda. A unidade, batizada de Nellie Analytics — em homenagem ao cão do cofundador Jeff Yass —, já tem 20 funcionários.
O Susquehanna opera nas bolsas de apostas esportivas on-line Betfair e Matchbook. Nesses sites, as pessoas podem apostar umas contra as outras, em vez de operar contra um bookmaker que estabelece os parâmetros.
As apostas esportivas, no entanto, não devem atrair a maior parte dos chamados fundos hedge, gigantes que fazem investimentos de alto risco em busca de retorno elevado. Isso porque o mercado ainda é relativamente pequeno, e apostas de grandes casas como essas poderiam facilmente distorcê-lo.
Uma maneira alternativa de as empresas financeiras atuarem no universo das apostas é o fornecimento de tecnologia. A Nasdaq Inc., que controla a Bolsa eletrônica de mesmo nome, já opera nesse segmento.
No Reino Unido, ela licenciou uma tecnologia para um serviço de apostas em futebol chamado Football Index — um mercado virtual onde usuários compram e vendem participações em jogadores e ganham dividendos com base na performance deles. A tecnologia da Nasdaq também é usada para apostas em corridas de cavalos na Austrália, em Hong Kong e na Suécia.
“Uma empresa de apostas não precisa reinventar a roda”, justifica Scott Schechtman, Diretor de Novos Mercados na Nasdaq.
Chris Grove, da Eilers & Krejcik, acredita que, apesar de enfrentarem uma regulação complexa, as empresas do setor financeiro devem, sim, explorar o novo mercado.
Fonte: O Globo