Nos primeiros seis meses do ano, revela o último relatório do Serviço de Regulação Inspeção de Jogos, que supervisiona o setor, as apostas online ascenderam a 3,988 bilhões de euros, o que dá cerca de 22 milhões de euros por dia, mais de 900 mil por hora.
O recorde foi atingindo no primeiro trimestre do ano, quando o país estava confinado: as receitas com apostas esportivas online chegaram aos 423,8 milhões de euros e o valor de apostas em jogos de fortuna ou azar (como cassinos) totalizou 1,606 bilhões de euros, perfazendo assim mais de 2 bilhões de euros.
No segundo trimestre, os últimos dados disponíveis, diminuíram as apostas esportivas mas as apostas em jogos de fortuna ou azar voltaram a ter um acréscimo, agora mais ligeiro.
No ano passado, no total, as apostas online totalizaram 5,4 bilhões de euros, sendo o ano com maior valor apostado online desde que há registros. O que 2021, se a trajetória dos primeiros seis meses continuar, vai ultrapassar.
Segundo o último relatório do Serviço de Regulação Inspeção de Jogos, tutelado pelo Turismo de Portugal, as apostas online em jogos de máquinas, que simulam as máquinas dos cassinos, representam mais de 75% das apostas em jogos de fortuna ou azar. Já a roleta francesa representa 10,14% do total, seguindo-se as apostas em blackjack. Já nas apostas esportivas, o futebol é a modalidade com maior volume de apostas, representando 77,48% do total.
Só no segundo trimestre deste ano houve 151,9 mil novos registros de jogadores, ainda assim menos do que os 329,4 mil que se registraram pela primeira vez (ou com outro utilizador) no primeiro trimestre. A maioria dos jogadores registrados (60,9%) tem entre 25 e 44 anos, com cerca de 22,4% com idades entre os 18 e os 24 anos de idade. No segundo trimestre de 2021, houve 653,2 mil jogadores que fizeram pelo menos uma aposta online, menos do que os 770,5 mil que tentaram a sorte pelo menos uma vez no primeiro trimestre, o que dá quase 10% da população portuguesa jogando, mais ainda se se tiver em conta que não podem registrar-se menores de 18 anos.
Com o aumento do jogo, têm aumentado os usuários que pedem a sua autoexclusão do acesso a estes sites de apostas, que também nunca foram tantos. No final de junho, havia 93,6 mil portugueses autoexcluídos da prática de jogos online, o que compara com 56,6 mil no mesmo mês do ano passado.
Fonte: Nascer do Sol