Peter Nolte disse que o grande desafio dos desenvolvedores é engajar novos jogadores. “Os jovens estão chegando e temos de entender suas expectativas, além de garantir a questão da localização, fundamental para o sucesso de qualquer operação”.
Thomas Carvalhaes vê que o futuro do mercado de jogos não se resume às apostas esportivas e cassino. “Temos uma gamificação da experiência do jogador de cassino desenvolvido na Suécia, o que tem permitido alcançar novas opções para o engajamento dos jogadores. No Brasil, cada um tem suas particularidades sobre o que gosta de jogar ou não. Modalidades futuras que ainda vão crescer muito, como eSports e fantasy games e, quem sabe, o jogo do bicho, quando estiver legalizado no Brasil”.
Para desenvolver mais as novas vertentes, é preciso que o Brasil tenha a legalização dos jogos, na avaliação de Peter Nolte. “A localização vai demorar um pouco mais para que os principais desenvolvedores mundiais foquem nessa ação. Será uma tendência natural quando o Brasil legalizar os demais jogos”, analisou.
Para Thomas, falta para o brasileiro tomar as rédeas da operação dos jogos no Brasil. “Precisamos ser eficientes e apontar as necessidades do mercado de jogos, independentemente da questão da legalização. Temos de trabalhar a localização e nos preparar para a legalização e sermos exigentes na qualidade dos jogos a serem produzidos para o Brasil”, avaliou.
Sérgio Garcia comentou que a atual sinalização do GT do Marco Regulatório dos Jogos é muito completa, especialmente se comparado com o PL 442/91, que deu origem aos trabalhos agora em andamento na Câmara dos Deputados.
O antigo projeto simplesmente revogava as proibições e hoje o quadro regulamentar determina muitas coisas a serem maturadas diante do avanço da tecnologia, do surgimento de diferentes modalidades e temas ligados ao jogo responsável. Ele fez essas considerações e citou que a revisão aponta a legalização de bingos, cassinos, apostas esportivas, jogos de habilidade, eSports, turfe e jogo do bicho.
André Gelfi, sócio-gerente da Betsson Brasil, foi convidado a falar sobre a modalidade. Ele comentou que o turfe é algo bem específico e que sofreu grandes mudanças desde que a atividade nasceu. “Hoje, o mundo é outro e o turfe precisa ser incentivado e as apostas em corridas de cavalo sempre têm um apelo, mas não é possível se manter por si só. A lei deve ajudar essa vertical a se reinventar”.
Para Peter, seria muito importante que tudo fosse legalizado e que cada vertical, por suas características próprias, precisam ser analisadas pelo GT da Câmara dos Deputados individualmente, para que não se misturem temas tão específicos. “Muitas novidades estão chegando e é preciso que cada uma delas receba a atenção dos deputados”, avaliou.
Fonte: GMB