O mundo todo respeita futebol, e na Inglaterra, é claro, isso não é diferente. Porém, o que vem chamando a atenção recentemente é que as apostas online em futebol têm crescido muito no país, cada vez mais com pessoas se aventurando pelos jogos, em busca da famosa “grana extra”.
Porém, quem também se aproveita de todo esse impulsionamento das apostas no país são as equipes de futebol. As casas de apostas precisam de exposição de marca, com isso, nada como se alinhar com clubes, que têm as suas apaixonadas torcidas e que estejam sempre na mídia.
Dessa forma, acordos de patrocínios são fechados, com valores que contribuem para que as equipes tenham um bom dinheiro em caixa, investindo em infraestrutura, pagando contas e montando equipes competitivas.
Porém, essas parcerias podem estar com os dias contados na Inglaterra. De acordo com o portal The Athletic, e com confirmação de outros veículos de nome no país, o Governo Britânico, encabeçado pelo ministro de Esportes, Nigel Huddleston, pode rever a legislação sobre jogos de azar e, com isso, proibir o patrocínio de empresas de apostas nas equipes.
Se isso ocorrer, a decisão irá afetar diretamente equipes desde a primeira divisão até as inferiores. O Reino Unido opera com leis estabelecidas desde 2005 para os jogos de azar, dessa forma, viu a necessidade de realizar adaptações.
Um dos pontos debatidos pelo governo é o risco de vícios com jogos de azar. Porém, outra situação levantada é que os clubes não estão realizando parcerias com empresas do país, e sim com companhias asiáticas.
Essas empresas se aproveitam da exposição para atrair apostadores, já que por exemplo, na China, as apostas são proibidas, então as casas de apostas precisam buscar divulgar a sua marca em outros locais, como uma forma de driblar o governo chinês e seguir divulgando a sua marca para o público.
Qual o tamanho do impacto que a proibição pode fazer?
O impacto pode ser grande, já que muitas equipes na Inglaterra têm acordos com casas de apostas. Como exemplo, o West Ham, equipe da primeira divisão, que tem um acordo de patrocínio ativo com vínculo até 2025, que prevê o pagamento de 10 milhões de libras por temporada.
Além deles, contabilizando apenas a Premier League existem mais oito equipes com a mesma situação. Trata-se do: Brentford; Burnley; Crystal Palace; Leeds United; Newcastle United; Southampton; Watford e Wolverhampton Wanderers.
Além da Premier League, as divisões inferiores também serão afetadas, como a Championship, a segunda divisão inglesa. Trevor Birch, CEO da English Football League (EFL), informou que contabilizando todas as equipes que disputam a competição, são cerca de 40 milhões de libras por ano vindo de patrocínios das casas de apostas para as equipes.
Com todo esse cenário, resta aguardar as definições do governo britânico. Porém, a English Football League agiu e encomendou um estudo independente, que teve a conclusão de que os patrocínios nas camisas não agravam problemas com apostas entre os apostadores. Essa é uma ação para ter uma carta na manga com um argumento contra a proibição.
Clubes brasileiros também recebem patrocínios de casas de apostas
O patrocínio das casas de apostas em equipes não é exclusivo da Inglaterra, muito pelo contrário, inclusive, o Brasil está cheio. Levando em conta o Campeonato Brasileiro da Série A, a primeira divisão nacional, apenas o Cuiabá não conta com nenhum acordo com empresas do segmento.
Isso ocorre mesmo com o país não tendo as suas próprias regulamentações. Inclusive, o assunto vem sendo debatido, e existe a expectativa que em breve a lei mude, se tornando favorável para as apostas esportivas.
Dessa forma, com a possibilidade do avanço da legislação, operadoras como a 20bet aumentam seus investimentos no país, e quem ganha com isso são as equipes e torcedores, que podem ver os seus clubes com dinheiro em caixa.