VIE 29 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 00:38hs.
Casas de apostas atentas à decisão

Governo de SP proíbe partidas de futebol no estado por causa da COVID-19 e paralisa Paulistão

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a restrição completa das atividades esportivas que vão de 15 a 30 de março, incluindo o futebol, em todo o estado. A medida faz parte da nova fase emergencial do Plano São Paulo, com mais restrições no combate à pandemia da COVID-19, e imediatamente gerou grande repercussão no mundo da bola. Uma reunião com os clubes, representantes do Governo do Estado, FPF e Ministério Público, que orientou a paralisação, está agendada para segunda-feira (15).

"Esclareço que, para este final de semana, as partidas programadas estão preservadas, porque acontecem sábado e domingo. A interrupção será feita a partir do dia 15, por 15 dias, até dia 30", disse o governador João Doria (PSDB).

Os membros das diretorias e da Federação Paulista de Futebol (FPF) foram comunicados ainda pela manhã, antes da coletiva oficial do Governo do Estado, quando ainda havia a esperança de reverter a decisão do governador João Doria (PSDB).  

Agora, a dúvida ficará sobre as competições nacionais. O Governo Federal não estuda uma paralisação geral do futebol, e a CBF planeja endurecer e atualizar algumas das regras de prevenção contra a COVID-19 para as partidas em que realiza. Além disso, a entidade que comanda o futebol nacional já manifestou que não pretende interromper a realização de seus campeonatos.

FPF afirma que calendário está mantido
Mesmo com a impossibilidade de realizar os jogos no Estado, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, foi enfático ao dizer que o futebol não vai parar. A federação e os clubes estudam formas de prosseguir com a disputa para que a final aconteça em 23 de abril. Uma saída pode ser realizar as partidas em outros estados, mas nada foi decidido.

Envolvidos se encontram na próxima segunda-feira (15)
Uma reunião com os clubes, representantes do Governo do Estado, FPF e Ministério Público, que orientou a paralisação, está agendada para segunda-feira (15) para definir os rumos da competição.

Governo do Rio nega que abrigará a competição
Diante do rumor de que o Paulistão poderia acontecer no Rio de Janeiro, o governador em exercício, Cláudio Castro, rechaçou a possibilidade diante do avanço dos casos no estado em um comunicado oficial. Antes disso, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) chegou a dizer que não via empecilhos para a transição.

Clubes acatam decisão
Os clubes de São Paulo prontamente anunciaram que acatariam a decisão. Santos, Corinthians - que vive um surto, com cerca de 25 infectados - e Palmeiras divulgaram posicionamentos.

Repercussão entre os boleiros
Ex-jogador e apresentador do programa 'Os Donos da Bola', da Band, Neto concordou com a paralisação. 'Nada é mais importante que uma vida, que um leito, que as máscaras e a vacina", afirmou ao vivo. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Vanderley Luxemburgo criticou a medida. "Vejo como hipocrisia", disse.

E no resto do Brasil, como fica?
Na manhã de quarta-feira (10), a CBF divulgou um estudo sobre as formas de realização do futebol de maneira segura durante a pandemia, e defendeu a manutenção dos torneios mesmo diante da alta no número de casos e mortes. O presidente da entidade, Rogério Caboclo, disse que o futebol não ia parar. Essa não é a realidade em outros dois estados além de São Paulo. Santa Catarina e Paraná já suspenderam os estaduais em razão do avanço da pandemia nos estados.

De acordo com a apuração do colunista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, a Copa do Brasil também será afetada. A diretoria da CBF teria pedido à Ferj para que o Rio de Janeiro recebesse dois jogos de times paulistas na próxima semana. Os dirigentes aprovaram, no entanto, o governador Cláudio Castro vetou a possibilidade.

Fonte: UOL