A inevitável tendência no aumento do custo de aquisição através dos canais tradicionais de mídia, em especial fomentada pelo rumor de uma possível regulamentação e a recém implementada legislação que abriu tantos pretendentes e oportunidades, acaba elevando também o risco para operadores.
Há alguns anos que este movimento crescente no custo de marketing vem gerando preocupação, em particular para os operadores que estão em fase de lançamento ou teste no mercado nacional. Em diversos casos, o aumento já passa de dezenas de vezes o que custava há 4 ou 5 anos. Campanhas cada vez mais caras, com taxa de conversão cada vez menor é o que o mercado tem enfrentado.
Um caminho alternativo, que apresenta baixo risco no investimento é através de sistemas de afiliação. Neste modelo o afiliado acaba de certa forma dividindo ou assumindo a maior parte do risco que até então recaía sobre o colo do operador sozinho.
Este caminho que já é amplamente explorado no exterior, no Brasil ainda é uma simples “picada” na mata quase virgem, onde os operadores considerados “locais” não parecem se importar muito em abrir esta importante via. Os poucos que se arriscam oferecem com muito comodismo algo que pode ser comparado com a famosa Rodovia Transamazônica, entretanto, estes mesmos perdem cada vez mais espaço no coração do afiliado brasileiro para os operadores globais que atacam o país com muita esperança em melhorar suas receitas.
Parece difícil de entender, mas a situação é bem simples. Quando as empresas locais acordarem para a realidade, os afiliados já estarão há muito tempo viciados no néctar estrangeiro que paga comissões gordas em moeda forte e dificilmente darão prioridade para elas.
O tempo dirá com exatidão como será o cenário de marketing de afiliação do setor iGaming no Brasil, especialmente dentro de alguns anos, mas ao que tudo indica será muito mais vantajoso para os afilados continuarem fornecendo jogadores para empresas que deram este importante passo há mais tempo.
Afiliados estrangeiros também estão aportando no país, empresas de grande porte como algumas de capital aberto, outras já mais “tropicalizadas” como a Super Afiliados, a qual sou cofundador, entre outras, já tem cada vez mais vínculo com os operadores estrangeiros e esta tendência deve continuar.
Talvez não seja bem o foco destas empresas de afiliação estrangeiras estender a mão para o operador local, com a finalidade de ajudá-las a trabalhar neste sentido, mas há empresas nacionais que estão dispostas a ajudar no que for necessário. Há também consultores experientes, que trazem consigo uma bagagem importante adquira do exterior, para ser implementada dentro uma nova operação que ainda não explorou este meio de marketing.
Este modelo de publicidade é fantástico para o operador, independentemente de quão grande ou pequena ainda seja sua operação. Afinal, não há custo a não ser que haja resultado.
Alessandro Valente
Cofundador e Sócio da Super Afiliados
Exclusivo para o GMB