Portugal legalizou os jogos de fortuna e azar e apostas esportivas online há seis anos, mas a primeira licença, à Betclic, apenas foi concedida em maio de 2016.
Ao longo destes cinco anos, o Estado embolsou perto de 400 milhões de euros em imposto especial sobre o jogo online (IEJO), escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias.
Atualmente o número de entidades licenciadas ascende a 15 e as receitas brutas - que abatem ao volume das apostas os prémios pagos - superam os mil milhões de euros.
De acordo com os dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), citados pelo JN, as receitas brutas do jogo online ascende a 1.005,7 milhões de euros até março deste ano, já as receitas fiscais para o Estado em IEJO somam 398,2 milhões de euros.
Só no último ano, a receita bruta das operadoras legalizadas no mercado virtual cresceu 82,6%, ao passo que os impostos arrecadados quase triplicaram, sobretudo devido às limitações impostas pela pandemia ao jogo territorial.
Atualmente, o principal desafio é combater as casas de apostas ilegais. Essas plataformas permitem um registo a menores de 18 anos e utilizam figuras públicas para ganharem credibilidade. “As casas de apostas e os especialistas querem que a lei seja reformulada para combater as casas ilegais”, como refere o JN.
O humorista Alexandre Santos, o ex-futebolista José Calado e o ex-futebolista Nuno Gomes já publicitaram casas ilegais em Portugal.
A APAJO pede uma alteração na lei e um maior empenho do Banco de Portugal e da SIBS - uma vez que estas operadoras ilegais aceitam pagamento por referência de multibanco ou MB Way.
Fonte: GMB