JUE 28 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 11:55hs.
Painelistas do iGamingFuture coincidem nas opiniões

Experiência do jogador e foco local são fundamentais para o sucesso nas apostas esportivas

O mercado latino de jogos esteve em debate no webinar “O futuro do jogo na América Latina”, organizado pela iGamingFuture. Mediado por Thomas Carvalhaes, Diretor da Hero Gaming, o encontro contou com Fernando Garita, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Betcris, Pedro Extremera (Diretor Regional da Playtech), Juan Pablo Uribe Padilla (Diretor de Desenvolvimento Online da Solbet) e Leandro Rivas (Diretor de Negócios da BetWarrior). Migração para online, CRM e boa experiência do jogador foram destaque.

Os principais tópicos que envolvem o mercado latino de jogos estiveram em foco no webinar “O futuro do jogo na América Latina”, organizado pela iGamingFuture. Ao dar as boas-vindas aos presentes, Thomas Carvalhaes, Diretor para o Brasil e América Latina da Hero Gaming, destacou que muito se fala do futuro do igaming na América Latina e "é importante entender o potencial de cada mercado a partir da experiência dos nossos painelistas, que conhecem muito sobre tudo que acontece na região”.

Fernando Garita, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Betcris, falou sobre a importância do marketing localizado, numa região que combina mercados tão distintos. “Não fazemos nada novo, mas sempre algo diferente, partindo de muitas ações comerciais já consagradas, mas adaptadas a cada país”.

Garita destacou o patrocínio a grandes equipes e nomes de referência no mundo do esporte, como sendo uma estratégia comum tanto na Europa quanto na América Latina. “Devemos trabalhar de forma global, mas com foco local, ou seja, as ações devem ser muito bem localizadas. O Brasil, tecnicamente, é vários países em um e deve ser pensado dessa forma, com ações dirigidas a cada região em conjunto com grandes ações globais no país”, explicou.

No México, segundo Garita, foi mais fácil implementar campanhas e ações “já que o país tinha uma cultura mais avançada em relação ao jogo, diferentemente de outros países da América Central, em que tivemos de trabalhar um pouco mais para esclarecer melhor o negócio das apostas esportivas”.

Juan Pablo Uribe Padilla, Diretor de Desenvolvimento Online da Solbet, destacou que a migração do modelo terrestre para online levou a empresa a analisar todo o banco de dados que possuía de suas operações land-based. “Os clientes de cassinos físicos precisavam ser cativados para ir ao online e, obviamente, em nossa oferta online. Ao conectarmos as ofertas, essa migração garante que nossos clientes continuem leais à nossa marca e essa combinação é muito rica”, avaliou, lembrando ainda que “o cliente passou a ter mais opções, como as apostas esportivas, no mundo online”.

Pedro Extremera, Diretor Regional da Playtech, comentou que “devido à pandemia, especialmente aquelas com operações físicas, se deram conta da importância de ter um braço digital. Alguns estavam preparados, mas aqueles que não tinham essa opção enfrentaram dificuldades. Foi uma dura realidade para aqueles que não estavam prontos para o mundo online”, disse.

Leandro Rivas, Diretor de Negócios da BetWarrior, concordou com a colocação, lembrando que “oferecer integralmente o land-based e o online é um atributo relevante no momento de se tomar decisões para atender ao cliente”, analisou.

O CRM para retenção de clientes, disse Leandro, já é uma realidade no mercado latino e as estratégias são prioritárias na região. “Os aspectos mais importantes em que nos focamos foi com relação ao CRM foi ter dados dos clientes para segmentar as audiências. Procuramos gerar promoções e comunicados personalizados e para fazer isso a base de dados precisa ser muito bem trabalhada, com atenção a hábitos de jogo, idade e gênero, por exemplo. Outra questão importante é oferecer ferramentas de fidelização para os clientes não saírem da plataforma, algo muito fácil, pois a concorrência está a um clique do cliente. A retenção é fundamental para o sucesso do nosso negócio”, comentou.

Extremera destacou ainda que “a experiência da Playtech no desenvolvimento de jogos leva em consideração personagens e temas globais, mas pensando sempre em marcas locais, para garantir a identidade do jogador com os personagens do seu dia a dia. No cassino ao vivo, é muito importante oferecer idiomas dedicados a cada país onde atuamos, de maneira a criar a aproximação que o apostador espera e que garante uma boa experiência de jogo”, explicou.

A pedido de Thomas Carvalhaes, da Hero, nas considerações finais, os painelistas falaram sobre os três principais mercados potenciais na América Latina.

Juan Pablo destacou o México, Brasil e Argentina, pelas suas populações. “É fundamental oferecer-lhes um bom atendimento, métodos de pagamento localizados e idioma. Com isso, o operador alcançará sucesso, dedicando-se de forma local”.

Fernando Garita concordou com os países listados por Juan Pablo, salientando que a Betcris está muito atenta à regulamentação das apostas esportivas no Brasil. “E não deixaria de fora o Chile, já que estamos muito ansiosos sobre como será o comportamento do mercado diante da regulamentação. E mais do que marketing, temos de estar atentos à bancarização, regulamentação e processamento, como pilares para a operação, em benefício do consumidor e do operador”, disse.

Pedro Extremera também concordou com os países listados e destacou que a regulamentação deve ser boa para o governo, para operadores, provedores e para os jogadores, que devem estar protegidos. "Ao mesmo tempo, métodos de pagamento são fundamentais, assim como pontos de vendas, como é a forma como a operação se dá na Colômbia, por exemplo”.

Leandro Rivas fez coro com os demais painelistas e destacou que no momento a BetWarrior está se dedicando muito à licença na Província de Buenos Aires, “para nós um mercado relevante atualmente. Se tivermos sucesso, isso irá se expandir para outros países. O Brasil será um desafio para todos nós”, disse.

Fonte: GMB