O carioca Guilherme não poderia perder a decisão de 2019, contra o River Plate, e realizar o sonho da avó, que faleceu no ano anterior. O torcedor, que foi de ônibus até a cidade peruana em comboio com jornalistas e centenas de rubro-negros, precisou passar por um verdadeiro drama para superar as barricadas de manifestantes em Pozo Almonte, no norte do Chile, que fechavam estradas durante protestos contra uma usina de minérios, e chegar finalmente ao seu destino.
Ele, assim como o Flamengo, mostrou que "Todo Resultado É Possível". O clube carioca chegou vitorioso na final de 2019 e garantiu a taça contra o River Plate, com dois gols de Gabigol nos minutos finais de uma partida inesquecível para os flamenguistas. Na ocasião, a Betfair que o Fla tinha 46% de chances de vencer a partida nos 90 minutos, e 62% de chances de erguer o troféu.
"O amor pelo Flamengo e a vontade de chegar a Lima a tempo de ver o time campeão, como era o sonho da minha avó, me motivou a falar com os manifestantes", conta Guilherme, de 29 anos. "Eu me vi representando uma nação de 40 milhões de rubro-negros, uma torcida tão apaixonada e tantos que não puderam ir. Eu tinha que ir e não poderia ser diferente. Na minha vida nada foi fácil, sempre foi com muita batalha. E essa saga não poderia ser diferente", completa.
O carioca não perde um jogo do time na Libertadores. Inclusive, se o Flamengo chegar à decisão da competição em 2021, que será disputada em Montevidéu, no Uruguai, ele garante que fará de tudo para ir ao estádio.
Nascido em uma família de flamenguistas no bairro da Ilha do Governador, na capital fluminense, Guilherme tinha na avó Sônia, torcedora rubro-negra fanática, a grande incentivadora torcer pelo time carioca. A paixão pelo Flamengo só cresceu com todos os momentos vividos no Maracanã com ela e os familiares rubro-negros, o que o transformou em mais um apaixonado pelo Flamengo.
"Minha avó sempre foi muito importante para mim. Mesmo com todos os obstáculos, ela não deixava o amor pelo Flamengo de lado. Tenho certeza de que esse amor que eu tenho por esse clube é muito devido a ela", conta.
"Ver o amor de outros torcedores por seus clubes é inspirador. Falar do Flamengo é falar da minha história, da minha família, da minha felicidade, da alegria de viver. Fico muito grato por essa oportunidade de expressar o meu amor por esse clube e de saber que tantos outros poderão ver, ou até mesmo sentir, o que é ser Flamengo", completa o torcedor.
Em 2018, Guilherme perdeu a avó. Mas o flamenguista não queria deixar apagar todo o amor pelo clube que ficou como legado. Então, ele criou o hábito de vestir a camisa do Flamengo deixada por Sônia em todos os jogos do time na Libertadores, o que se revelou uma decisão acertada.
"O Flamengo hoje, apesar de não ser o atual campeão da CONMEBOL Libertadores, é o time que todos querem bater. O ano de 2019 foi muito mágico. Há muito tempo não se via um time na América do Sul jogando daquela forma. Até agora não tivemos um time igual. O Flamengo voltou a ser o Malvadão temido", comemora Guilherme.
Mais sobre a série INCOMPARÁVEL
O objetivo dos episódios da série 'INCOMPARÁVEL' foi proporcionar uma plataforma para os fãs expressarem sua paixão pelo esporte mais popular do mundo. A ideia é colocar os fãs de futebol no centro de suas próprias histórias e mostrar o que o esporte realmente significa para eles.
No primeiro episódio, a Betfair contou a história de Gustavo Ziller, torcedor fanático pelo Atlético-MG que escalou o monte Everest e levou a bandeira do Galo ao topo do mundo. O segundo episódio apresentou a história de superação de Alex Sandro, ex-jogador do time de amputados do São Paulo, que contrariou os prognósticos após um grave acidente.
Fonte: GMB