A concorrência e a ética são duas questões do mundo corporativo que se tornaram cada vez mais importantes. Com o avanço da tecnologia e abertura de novas frentes de atuação de empresas, estes conceitos muitas vezes ficam nebulosos. Por isso, a concorrência e ética no mercado de jogos, uma indústria em ascensão no Brasil, é um assunto que merece ser abordado.
As apostas e os jogos são atividades em recente processo de legalização e regulamentação em nosso país. Isso faz com que muitas novas empresas surjam no mercado e queiram, obviamente, conquistar seu protagonismo no meio.
É claro que, de forma geral, esse é um movimento extremamente positivo tanto para o crescimento como para o desenvolvimento da indústria de gaming no país. Porém, é importante estabelecer que há limites éticos que regulam um cenário de concorrência saudável.
O que é ética corporativa?
A chamada ética corporativa objetiva definir os valores e princípios que são adotados dentro das empresas. Na prática, uma política de ética estabelece o que é certo ou errado nas ações das organizações.
A ética corporativa abrange o relacionamento de uma empresa com seus clientes, funcionários e concorrentes.
O conceito se desenvolve em torno de princípios jurídicos, legais e de boa convivência, de acordo com os valores da organização e da sociedade na qual ela está inserida.
Por que é importante desenvolver a ética no mercado de jogos?
A concorrência em si, é algo extremamente saudável. Em um mercado como o de jogos e apostas, onde cada um tenta se profissionalizar mais e mais a cada dia, concorrer de maneira ética é imprescindível.
Isso porque uma empresa que não tem princípios éticos, dificilmente conseguirá manter-se no topo. Nosso mercado está ficando cada vez mais competitivo, o que exigirá que todos os players que querem crescer no meio tenham uma conduta exemplar.
Outro ponto essencial para que a indústria de jogos se desenvolva no Brasil é a responsabilidade social.
Empresas que adotam princípios de responsabilidade social e ética à sua atuação, geralmente obtêm ótimos resultados como fidelidade dos clientes, potencial de recrutar e manter talentos em seus times, valorização de sua marca, entre muitos outros benefícios.
Os jogos e as apostas já carregam uma história de proibição e preconceito por anos na história do Brasil. Por isso, é ainda mais importante estabelecer padrões impecáveis de ética e concorrência por aqui.
Dessa forma, todo o mercado e os consumidores também vão entender cada vez mais que a atividade é legítima e visa contribuir para o crescimento da indústria de entretenimento em nosso país.
Benchmarking e concorrência desleal, qual a diferença?
Um conceito do marketing é extremamente válido quando diferenciamos a concorrência saudável daquilo que pode ser considerado desleal: é o benchmarking.
Benchmarking é, na prática, um estudo de concorrência. Neste processo é feita uma profunda análise das melhores práticas usadas por empresas de um mesmo setor e que podem ser feitas também pela sua empresa.
Sem sombra de dúvidas, estudar a solução que o concorrente provê e tentar oferecer ao mercado algo melhor não caracteriza concorrência desleal. Pelo contrário. Este é um processo altamente estimulante para o crescimento de todas as empresas do meio.
O mercado de jogos brasileiro é, atualmente, um terreno extremamente fértil para o desenvolvimento de novas ideias e soluções. Há muito a ser feito e melhorado, especialmente em um momento em que a regulamentação das apostas esportivas está prestes a acontecer.
Assim, mesmo antes da regulamentação total, é imprescindível que as empresas do meio estabeleçam relações éticas e de convivência leal.
Como fazer benchmarking e manter a lealdade no mercado de jogos e apostas?
Pesquisar seus concorrentes, entender como eles funcionam e tentar fazer o que eles fazem é algo totalmente legítimo. Porém, fazer tudo isso da forma correta e adequada é igualmente importante.
A chave para realizar esse processo de conhecimento da concorrência, sem comprometer a lealdade no mercado, é manter distância em relação a relações comerciais diretas com seu concorrente.
Por exemplo: simular parcerias com os concorrentes, propor trabalhos em conjunto, sem o intuito de que isso seja realmente um trabalho real de duas empresas em prol de um objetivo comum, não é ético.
Lembre-se do que diz o velho ditado: o mundo é pequeno. Todos que trabalham na indústria de jogos têm acesso a informações comuns e aos procedimentos que as empresas costumam adotar no mercado. O networking é intenso.
Por isso, é primordial manter relações éticas, claras e produtivas com a concorrência. E como lidamos com o esporte, um conceito bastante difundido no universo esportivo também é válido para o nosso meio. O Fair Play é um valor inegociável no mundo dos jogos e das apostas.
Fonte: Blog Control+F5