MIÉ 27 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 13:33hs.
Brazilian iGaming Summit - BiS 2022

Uso das criptos nas apostas pode trazer redução de custos, segurança e conforto ao usuário

O advogado Fernando Gonçalves moderou o painel “Alternativas financeiras para o setor de iGaming: Cripto, e-wallets, NFT, Tokens, etc” no BiS, com a participação de Fábio Tibéria, (FT Consulting), João Canhada (FoxBit) e Nick Rupe (Pay4Fun). Ao longo da conversa os especialistas avaliaram como os meios tecnológicos de movimentação de dinheiro podem ser usadas a favor de uma experiência mais ágil, segura e lucrativa para o apostador brasileiro.

João Canhada, CEO da FoxBit, abriu o painel explicando que as criptomoedas estão vivendo um momento de ascensão e podem se consolidar como ótima alternativa por sua eficiência. “A Foxbit foi responsável por R$12 bilhões o ano passado, isso foi mais do que os sete anos de negócio somados. Realmente, o setor está crescendo exponencialmente, está em amplo desenvolvimento no Brasil, deve caminhar para uma regulamentação ainda esse ano. Como  meio de pagamento é uma alternativa importante ao sistema legal. A cripto traz eficiência para todo o processo”.

Complementando os dados de João Canhada, Fábio Tibéria, Business Developer da FT Consulting, afirmou que mundialmente as moedas eletrônicas já conquistaram o seu lugar entre as formas de pagamento, observando que a Bitcoin já o terceiro método mais usado pelos consumidores. “Nós sabemos que as bitcoins são o terceiro sistema de pagamento do mundo pelo volume de transações. O primeiro é o cartão Visa, depois a Mastercard e no terceiro lugar, a biticoin. Ela superou o Paypal, que já integrou a cripto no seu sistema como teste nos Estados Unidos atingindo 360 milhões de usuários. É evidente que os cripto ativos não são mais uma ideia, mas, uma realidade”.

Fábio Tibéria também abriu a lista de vantagens que uso das criptos podem trazer aos operadores de jogos apontando que elas representam uma redução significativa de custos. “O custo médio de uma empresa com o pagamento de payout em PIX em de 5%. Com a tecnologia blockchain, cumprindo terminados requisitos, sabemos que o custo por transação vai ser de 0,007. Ou seja, sobre 1 milhão, o custo com PIX seria 50 mil e com cripto seria R$70; um valor inexpressível. A diferença é enorme. E isso só com referência ao custo”, ressaltou.

Já o segundo benefício foi levantado pelo CEO da FoxBit, João Canhada, que apontou o dinamismo da operação de cripto como grande aliado para o sistemas de pagamento. “Estamos falando de um ativo que não tem domicílio bancário onde você é o próprio custodiante em uma carteira que você pode ter na propriedade do seu computador, sem a dependência de intermediário. Com isso, aquela quantidade de cripto ativo está na internet e você tem uma chave que dá acesso a usar seus fundos. A vantagem é que você pode transferir de uma carteira A para B em real time, independente da localidade da segunda carteira”.

Nick Rupe, Gerente Financeiro da Pay4Fun, afirmou que as garantias de segurança que o uso da cripto traz serão o caminho mais prospero para que essa forma de pagamento caia no gosto dos usuários. ““Segurança é o ponto principal. Em relação a tecnologia não nenhum histórico de alguém que conseguiu rakear ou invadir. Então, o que a gente precisa fazer para que a cripto caia mais no gosto dos usuário é demonstrar o conforto que é operar cripto usando com meio de pagamento ou ativos. Até recentemente as pessoas tinham receio de usar o PIX porque sabiam apenas que ele era ligado ao Banco Central. Então, como a gente traz todas essa galera para as criptos? Eu acho que é através da segurança. O primeiro passo é trazer esse conforto para o público”, afirmou.

Por fim, João Canhada fez uma estimativa sobre a evolução das criptos em todo mercado financeiro acreditando que 2023 será um ano de grande crescimento para as moedas virtuais. “O momento da virada do mercado institucional foi em 2021 quando ele passou a olhar a cripto de forma séria, independente de preço. Uma vez que ele entende que a cripto veio para ficar e que é um processo de longo prazo, eu diria que 2022, 23, são anos em que ela vai começar ser credibilizada, tomar forma e grandes instituições vão ter o seu pezinho realmente posicionado em criptomoedas”, concluiu.

Fonte: GMB