Segundo o ‘The Times’, os acordos poderão ser fechados apenas para a manga da camisa, deixando apenas o local mais nobre livre de exposição de empresas do setor. O movimento dos clubes, mesmo cientes da perda de faturamento, tem explicação: caso não aceitem de maneira espontânea, uma legislação governamental será ativada para proibir completamente a publicidade de jogos de azar.
Um novo regulamento sobre patrocínios esportivos será lançado pelo governo, mas os ministros afirmaram que não incluíram o âmbito esportivo, caso os times concordem com as medidas.
De acordo com o Times, a proposta de retirada de publicidade máster de empresas de apostas esportivas será discutida pelos clubes como forma de antecipação a uma lei governamental que poderia proibir totalmente este tipo de publicidade.
Em abril poderá ser já publicado um documento assinado pelos clubes para votação e ratificação na reunião marcada para junho. Seria depois pedido um período de três anos para implementar a medida sem implicar quebras de contrato assinado entre equipes e os sites de apostas esportivas.
Na atual temporada, oito dos vinte clubes da Premier League têm uma empresa de apostas no máster. Os contratos de Fulham e Newcastle terminam no final da temporada. Já o Big Six, formado por Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea e Tottenham, não promove casas de apostas no espaço principal.
O Times também afirmou que um clube da primeira divisão veria sua receita reduzida em £ 5-10 milhões por temporada se concordasse em abandonar seu patrocinador de apostas.
Proibição não é novidade na Inglaterra
A Liga Inglesa de Futebol (EFL), responsável pelos três níveis de futebol profissional abaixo da primeira divisão, destaca que a proibição pode gerar um impacto negativo de £ 40 milhões por ano.
Como se sabe, o tema é debatido há um tempo. Um comitê da Câmara dos Lordes já abordou a proibição em 2020. Uma revisão do Gambling Act foi lançada posteriormente pelo DCMS em dezembro de 2020, afirmando que esses aportes poderiam ser proibidos a partir de 2023.
Em abril do ano passado, o Comitê de Prática de Publicidade (CAP) do Reino Unido anunciou planos para proibir anúncios de apostas utilizando a imagem de celebridades do esporte e influenciadores.
Como se sabe, hoje, Espanha e a Itália já iniciaram movimento similares de proibição de contratos de patrocínio com empresas de apostas.
Fonte: GMB