Confirmando um plano anunciado ainda durante a transição, o governo Lula deve anunciar, nas próximas semanas, uma medida provisória com novas regras para empresas de apostas esportivas, um setor que se expandiu a um ritmo atordoante desde que esse tipo de operação foi liberado no país em 2018.
Um dos pontos centrais do plano, além da exigência de que as empresas tenham sede no Brasil e se submetam às leis locais, é o pagamento de impostos e de uma taxa, que poderia chegar a R$ 30 milhões.
O plano faz parte da iniciativa liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para turbinar as receitas públicas. Em entrevista recente para a GloboNews, Haddad afirmou que o governo espera arrecadar até R$ 15 bilhões com a taxação do setor, mas especialistas dizem que o valor pode ser mais modesto.
Hoje, as empresas de apostas esportivas têm cotas generosas de patrocínios de clubes, federações e torneios, especialmente no futebol, e movimentam alguns bilhões de reais por ano. Por conta disso, os clubes e a própria CBF vêm pedindo para serem ouvidas na elaboração do texto. Nos bastidores, alguns dirigentes não escondem o temor de ver uma queda nas suas receitas.
No episódio desta terça-feira do Ao Ponto, o repórter Athos Moura, da editoria de Esportes, explica alguns dos pontos que devem aparecer na medida provisória do governo, e porque um pedido feito pela CBF provocou críticas vindas de todos os lados.
O colunista do GLOBO Rodrigo Capelo explica como as "bets" conseguiram se expandir dessa forma no Brasil, e como uma regulamentação de fato pode impactar o esporte.
Publicado de segunda a sexta-feira, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Filipe Barini, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade.
O episódio também pode ser ouvido na página de Podcasts do GLOBO e nas plataformas como Spotify, iTunes, Deezer e na Globoplay.
Fonte: GMB