MIÉ 18 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 22:41hs.
Propostas não ouvidas

CBF desmarca reuniões com Ministério da Fazenda por ‘posições nada produtivas’ sobre MP das apostas

A CBF resolveu cancelar todas as reuniões previstas com o Ministério da Fazenda para tratar sobre a Medida Provisória das apostas esportivas. A decisão da entidade, segundo afirmou, é por causa das posições nada produtivas sobre as sugestões solicitadas e apresentadas.

Entretanto, a confederação se colocou à disposição do ministro Fernando Haddad para voltar a tratar sobre o tema em momento que julgue oportuno.

A confederação relatou que enviou sugestões à Fazenda após reuniões tanto na sua sede, no Rio de Janeiro, quanto em Brasília. E destacou duas como as principais. A primeira delas é o aumento do repasse do resultado líquido das apostas de 1,63% para 4%. A proposta é que 80% desse valor fiquei com os clubes e os outros 20% com a CBF.

A entidade justificou que com sua sugestão, “a participação dos clubes, em determinados cenários, pode passar, para um valor 20x maior ao previsto na atual legislação”. A outra proposta foi a criação de mecanismo de controle e monitoramento das atividades do setor de apostas.

Sem citar nomes, a CBF fez uma crítica velada aos clubes que se intitularam “eixo RJxSP” — os oito grandes dos dois estados, que divulgaram uma nota pública criticando o fato de não terem sido convidados para debater a MP.

A confederação relatou que realizou uma reunião no dia 29 de março e apresentou aos clubes das séries A e B, e também às federações estaduais, as sugestões enviadas ao Ministério da Fazenda, e que elas eram em caráter provisório. E que se comprometeu a tratar novamente do assunto quando tivesse algum retorno do governo federal.

E relembrou que por força do seu estatuto, cabe a ela, “de forma exclusiva, dirigir e controlar o futebol no território brasileiro”. E frisou ainda que “todas as sugestões solicitadas e apresentadas ao Ministério da Fazenda, não foram para tratar dos interesses de determinados clubes, mas sim para atender as expectativas da sua totalidade, composta de aproximadamente 800 clubes de futebol presentes em todo o país”.

Fonte: O Globo