Autor do requerimento solicitando a criação da CPI, antes mesmo da segunda fase da Operação Penalidade Máxima, Carreras falou da urgência para que a investigação seja mais ampla. "Quando sugerimos a instauração de uma CPI para investigar o que ainda era especulação, sabíamos das insinuações de que agentes externos estariam agindo para interferir nas partidas. Tivemos casos comprovados na Europa, e o Brasil não está imune", falou.
"Precisamos investigar a fundo e punir todos que estão envolvidos nesse esquema. A CPI vai jogar luz nesses fatos para devolver a alegria e a confiança do brasileiro com as partidas de futebol", completou.
A CPI foi autorizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PI). No entanto, para ser instaurada, a Mesa Diretora necessita informar quantas indicações terá cada partido, para na sequência os deputados serem escolhidos pelos líderes partidários. A expectativa é que a equipe seja formada por 34 membros. Carreras convidou o ex-presidente do Flamengo, e também deputado, Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) para integrar a comissão.
Recentemente, Bandeira apresentou o Projeto de Lei 515/2023, que busca punir de forma mais severa os profissionais esportivos envolvidos em manipulação de resultados. A proposição, contudo, ainda vai ser debatida na Frente Parlamentar pela Modernização do Futebol.
O PL prevê modificações no Estatuto do Torcedor, que hoje impõe pena de reclusão de dois a seis anos e multa no crime de fraudar ou contribuir para fraude em resultado de jogos ou eventos. A proposta do ex-dirigente do Flamengo pretende que a pena seja aumentada de 1/3 até a metade em caso de atleta profissional, árbitro, auxiliar ou árbitro de vídeo.
Fonte: GMB