Para onde vai a CPI
Para o relator, por trás dos operadores que aliciavam os jogadores, havia financiadores. Ele vai pedir apoio ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para contar com agentes da PF. Também será empregado o Coaf, conselho que monitora atividades financeiras no país.
O relator quer usar técnicos e agentes da polícia para cruzar transações bancárias e rastrear os chefes do esquema.
Também há intenção de saber quais clubes tinham núcleo de atletas aliciados. Carreras ressalta que existem suspeitas contra jogadores do Flamengo, clube com a maior torcida e receita do Brasil.
Ele questiona que, se houve espaço para aliciar jogadores num clube grande, as equipes menores devem estar muito mais expostas a manipuladores. O relator diz crer que a situação nas divisões mais baixas pode ser caótica.
“Eu acredito que nas Séries C e D a situação pode ser muito complicada”, afirmou Carreras.
CBF será chamada a dar explicações na CPI
Relatório da empresa de tecnologia Sportradar indicou que foram disputados 775 jogos suspeitos no mundo durante o ano passado. O Brasil é o país que mais aparece na lista: de cada cinco partidas suspeitas, uma ocorreu no Brasil.
O relator da CPI das Apostas vai chamar representantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para saber quais providências foram tomadas diante deste cenário. A intenção é saber se houve omissão por parte da entidade que comanda o futebol nacional.
Outra frente de trabalho é entender como ocorria o aliciamento. Carreras quer que as investigações identifiquem como era feita a abordagem aos atletas e qual perfil de jogador era procurado.
Fonte: UOL Notícias