O atleta não esteve presente no julgamento, nem sua defesa. A Promotoria utilizou como prova o vídeo do lance do pênalti contra o Esportivo durante o Gauchão e conversas interceptadas pelo Ministério Público de Goiás. A punição foi por maioria de votos.
Nikolas não foi denunciado pelo MP-GO porque admitiu o crime e fez um acordo para colaborar com as investigações. Outros sete jogadores, incluindo dois com passagem pelo Juventude em 2022, viraram réus e vão responder na Justiça por crimes cujas penas podem chegar a seis anos de cadeia.
As investigações comprovaram que a quadrilha que aliciava atletas para manipular jogos atuou em pelo menos duas partidas do estadual desse ano, ambas pela 7ª rodada: Caxias 3x1 São Luiz e Esportivo 0x0 Novo Hamburgo. Nos dois jogos, a oferta era para o cometimento de pênaltis.
Nikolas, ex-Novo Hamburgo, recebeu R$ 5 mil antecipadamente para que fizesse um pênalti no jogo contra o Esportivo. Ele entrou em campo aos 18 minutos do segundo tempo e cometeu a penalidade aos 30, que acabou desperdiçada pelo time rival.
A denúncia do MP traz prints das conversas do jogador do Novo Hamburgo com um dos aliciadores no WhatsApp. Cerca de duas horas antes do jogo, ele chega a tranquilizar o apostador.
"Primeiro lance meu na área é carriola. Azar", diz o jogador.
Na mesma noite após a partida, o jogador voltou a trocar mensagem com um dos criminosos e foi parabenizado por ter cometido a penalidade, antes de receber uma nova proposta para participar do esquema na rodada do fim de semana seguinte.
"Não, aqui é... papo de homem. Se eu falei que vou fazer, eu vou fazer, entendeu? É isso aí, eu sabia que ia entrar no jogo, então não tinha erro" disse o jogador em mensagem de áudio.
Fonte: g1
