Games Magazine Brasil – Quais foram seus objetivos ao estar presente na SAGSE Latam?
Natalia Nogues – Uma das coisas que tentamos fazer é tornar a Control e os serviços que prestamos cada vez mais conhecidos. E para chegar mais próximos dos operadores da região para atrai-los ao Brasil. Estamos buscando parcerias e conquistar novos clientes.
Você já está de olho em empresas latinas para oferecer os serviços da Control na América Latina?
Queremos isso, mas no futuro. No momento, o foco é o Brasil, que é a ‘bola da vez’. Queremos participar deste momento e levar a atual situação do país para os operadores da região, trocar ideias com eles e esclarecer tudo o que ocorre em nosso mercado de gaming.
Ou seja, é tudo o que a Control prega, que é mostrar para o mercado global as possibilidades e as maneiras mais adequadas de entrar no Brasil?
Exatamente isso. E principalmente agora, com esse momento da regulamentação, todos querem saber como entrar e quais serão as exigências e as melhores práticas para atuar no Brasil. Queremos oferecer toda nossa expertise para apoiar os operadores.
Fala-se sempre de boas práticas. As boas empresas já sabem disso, mas como mostrar isso para o governo, que também deveria conhecer esses princípios e que a indústria segue essas boas práticas?
Isso é a responsabilidade que devemos ter, como empresas atuantes no setor, e transmitir isso para o governo. Precisamos fomentar ainda mais e nos reunirmos para mostrar que queremos fazer as coisas aconteceram da maneira correta. Se não chegarmos próximos, não conseguiremos fazer isso.
Como a Control está vendo a questão da tributação dos operadores e taxação para os apostadores? O que estão sugerindo para os reguladores?
Uma coisa bacana conversando nos eventos, é nos darmos conta de que o Brasil está tendo um diferencial quanto à regulamentação. O governo está muito aberto a escutar as empresas e as pessoas experientes do setor. Vemos esses ajustes e alguns pontos da regulamentação e sabemos que ela precisa ser consistente e que seja boa para operador e para o apostador. Será um trabalho de todos e se construirmos e conversarmos mais sobre valor de licença e de impostos, além do formato do marketing, teremos algo para sempre.
Uma preocupação dos operadores será a impossibilidade de oferecer, além das apostas esportivas, os jogos de cassino online. Como você vê isso? Se não liberar também os jogos online será uma barreira para que mais empresas venham para o Brasil?
Será complicado se houver bloqueios em relação ao cassino. As apostas esportivas estão na crista da onda, mas as empresas dependem da vertical de cassinos. Sabemos que existe um PL em discussão [PL 442/91] e se houver um bloqueio para liberar depois, será ineficiente. O ideal seria, nesse cenário, esperar para sair tudo ao mesmo tempo. Se não houver essa possibilidade, que não sejam bloqueados os cassinos.
Há empresas que dizem que praticamente 50% do negócio está na vertical de cassinos. Como fica isso?
Exatamente esse é ponto. Por isso digo que as discussões devem ser feitas e perto com o governo para que ele entenda que as apostas esportivas são fortes, mas o cassino é forte no Brasil. O entretenimento do cassino e especialmente dos crash games, que estamos vendo um boom. E isso acontece porque esse jogo é muito fácil de ser entendido e entreter. Quanto às apostas, é preciso um pouco mais de conhecimento do que um jogo como esse.
A regulamentação já demorou muito tempo. Vai continuar demorando?
É Brasil. Podemos esperar qualquer cenário, mas espero que não demore. Precisamos dar um passo certeiro e confiante. Todo o mecanismo por trás deverá apoiar a regulamentação.
Fonte: Exclusivo GMB