Pela proposta, que já entrou em vigor mas deve ser avaliada pelo Congresso, os recursos serão repartidos entre o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), os clubes esportivos, educação, seguridade social e o Ministério do Esporte.
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a expectativa é que, em um primeiro momento, o governo federal arrecade cerca de R$ 2 bilhões. Ao longo do tempo, o ministério aposta em uma elevação das receitas entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões.
Algumas das emendas pretendem incluir novas entidades na destinação dos recursos ou aumentar ou diminuir a participação das que já fazem parte.
Entenda como será a divisão da arrecadação com as apostas:
Emendas
De acordo com emenda apresentada pelo deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), a parte destinada para o Ministério do Esporte deverá ser repartida às secretarias de Esporte dos estados e do Distrito Federal. Caso a sugestão seja acatada, o ministério ficaria com 2% da arrecadação total e, as secretarias, com 1%.
Já o deputado mineiro Cabo Junio Amaral (PL) quer aumentar a fatia destinada ao FNSP - que terá como responsabilidade, a fiscalização das empresas de aposta esportiva, de 2,55% para 4,55%. Pela proposta do parlamentar, as empresas, em vez de ficarem com 82% do total de seus rendimentos, ficariam com 80% - e a diferença dos dois pontos percentuais ficaria com o órgão ligado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
O deputado Fred Costa (Patriota-MG) pretende incluir no texto um artigo em que obriga os aplicativos e sites de aposta esportiva a comunicar o Ministério Público em casos de suspeita de manipulação de resultados.
"Esta medida é crucial para garantir a integridade e a transparência no setor de apostas esportivas, além de contribuir para a prevenção e o combate a atividades criminosas, como a manipulação de resultados e a lavagem de dinheiro", diz trecho da justificativa da proposta apresentada aos outros parlamentares.
Já o ex-presidente do Flamengo e deputado federal Bandeira de Mello (PSB-RJ) pretende incluir um mecanismo para regulamentar a publicidade das casas de apostas - presentes em praticamente todos os clubes da série A do Campeonato Brasileiro. Ele sugere mudanças na publicidade das apostas para desestimular o vício no jogo.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) pretende incluir entidades organizadoras de esportes eletrônicos (eSports) no bolo da arrecadação destinada ao Sistema Nacional do Esporte.
A deputada Rosângela Moro (União-SP), também apresentou uma emenda à MP. Ela sugere que 50% da receita destinada ao Ministério do Esporte sejam dirigidas ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Como os 3% destinados ao ministério não tem indicação de onde será aplicado, a deputada também sugeriu que o percentual seja investido no apoio ao esporte feminino.
A relação completa das emendas pode ser conferida no site do Senado.
Fonte: GMB