As apostas esportivas eletrônicas movimentam anualmente, R$ 100 bilhões no Brasil – só nos últimos anos, o segmento cresceu 360%, revela levantamento Datahub. Segundo os números, entre os anos de 2020 e 2021, o crescimento no número de operadoras de apostas abertas no país foi de 127%.
Em 2022, eram 239 empresas abertas atuando no país, e, apenas nos três primeiros meses deste ano, o número de sites abertos já supera todo o ano de 2020. Uma das explicações para o aumento das empresas está na regulação das apostas online no Brasil, em dezembro de 2018, pela Lei 13.756.
Empresas multinacionais estão cada vez mais fortes no cenário mundial de apostas. A britânica Sky já se solidificou no mercado, assim como a norte-americana MGM. A mais nova companhia a explorar essa indústria é a Disney, que selou um acordo de 2 bilhões de dólares (9,8 bilhões de reais) com a Penn Entertainment, que utilizará a marca ESPN, que pertence ao Grupo Disney, para renomear seus portais de apostas esportivas, cassinos e jogos online
Com grandes players atuando no mercado, adquirir novos clientes é um dos aspectos mais desafiadores para as empresas de sites de apostas, que contam com o marketing para aumentar e fidelizar seus clientes.
“O Google Ads, por exemplo, é uma alternativa bastante importante na maioria das estratégias de marketing. Porém, em alguns segmentos como no mercado de apostas esportivas, o uso da solução do Google apresenta algumas dificuldades”, diz Edu Sani, CEO da ADSPLAY.
“Termos como “apostas” ou “apostar”, bloqueados pelo Ads, são permitidos na estratégia de mídia programática. Dessa forma, os anúncios podem atingir o público-alvo com muito mais eficácia”, explica o executivo.
Em uma explicação simplificada, a mídia programática é uma forma de comprar anúncios digitais que permite ao anunciante estabelecer diretrizes pré-definidas para colocar o anúncio em sites diversos ou aplicativos. Com a ajuda de algoritmos e de inteligência artificial, é possível criar critérios de segmentação tais como dados demográficos, localização e comportamento do usuário.
“Em geral, a mídia programática é bastante efetiva pelo fato de criar campanhas mais otimizadas e com maior capacidade de inteligência. Os formatos de display e vídeos oferecidos pelo modelo suprem muitas das necessidades dos clientes, além de proporcionar resultados muito mais tangíveis”, explica Sani.
Segundo o especialista, a indústria de marketing de afiliados também se tornará mais competitiva à medida que novos sites agregadores tentarão se estabelecer no que pode ser a maior oportunidade e ponto de virada na indústria de apostas desde o início da web. “Um afiliado pode ser vinculado a quantas empresas de apostas quiser. O importante é gerar tráfego para o site parceiro e demonstrar essa capacidade na prática”, diz Sani.
Para o especialista, “parcerias de afiliados com blogueiros esportivos, influenciadores e sites relevantes podem aumentar significativamente a visibilidade da marca e direcionar tráfego de alta qualidade para a plataforma. Oferecer comissões ou outros incentivos para cada novo usuário que eles trazem pode motivar os afiliados a promover sua plataforma com mais eficiência".
Presença forte no futebol
De acordo com dados do Ibope, 2022, dentre os principais clubes da América Latina, os cinco setores que lideram atualmente em volume de exposição de marcas em uniformes são: Setor Financeiro, Apostas Esportivas, Automotivo, Telecomunicações e Alimentação, respectivamente.
Juntos, representam 55% das aparições de marcas nos uniformes dos principais clubes da região. “Atualmente, das 40 equipes que participam das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, 39 são apoiadas por algumas empresas do ramo das apostas. Em 2020, eram apenas 19”, diz Sani.
Na prática: como investir em mídia programática
Hoje, em sua maioria, as campanhas de mídia programática são veiculadas por meio de empresas especializadas como trading desks ou por agências de publicidade que possuem times internos e licenças para operar esse tipo de mídia. No entanto, esse tipo de operação só é possível a partir de um investimento mínimo, algo que era inacessível para muitas marcas.
Porém, já existem empresas como a ADSPLAY X, uma plataforma desenvolvida para agências e anunciantes diretos que buscam ter sua marca exibida em grandes portais e aplicativos. A plataforma também é pensada para profissionais liberais como gestores de tráfego e freelancers que querem diversificar e ampliar suas estratégias indo além de canais mais tradicionais como Meta (Facebook, e Instagram) e Google Ads.
Por fim, empreendedores que cuidam do marketing da marca também podem contar com um canal simples, prático e poderoso de divulgação – a plataforma já conta com mais de 300.000 audiências e a possibilidade de enriquecer a campanha com dados de empresas como Serasa, Boa Vista, Visa e outras.
Fonte: ADSPLAY