Em mais uma reunião sem grandes contribuições para elucidar casos de manipulação de apostas no futebol, a CPI-FUTE ouviu na tarde desta quarta-feira, 2, o delegado da Polícia Federal Fabrício Martins Rocha. Muitas das perguntas a ele dirigidas focaram em formas como a PF pode agir e se a prática é antiga.
Fabrício Rocha disse que a Polícia Federal se baseia em denúncias e que, diante do que vem acontecendo, está estudando formas de atuar e de contribuir com o combate à prática.
Além disso informou que o órgão tem se aproximado da Sportradar, por meio de uma carta de intenções, para contribuir na identificação e punição dos responsáveis a partir dos relatórios elaborados pela empresa global que atua no levantamento de suspeitas.
Alguns deputados voltaram à carga contra o relator Felipe Carreras (PSB-PE) por ainda não terem sido ouvidas as casas de apostas esportivas que operam no Brasil. Carreras reforçou que elas não estão sendo blindadas e que o momento de as receber chegará em breve. Para o relator, nesta fase é mais importante identificar e ouvir os denunciados.
De qualquer maneira, o relator informou que a Polícia Federal designou o delegado Sérgio Eduardo Busato para auxiliar nas investigações da CPI e que, “começa agora a fase de nos debruçar, com inteligência policial, nas convocações e convites para que tenhamos empresas de apostas presentes aqui, respondendo a CPI. Talvez até com quebra de sigilo para ampliarmos as investigações em curso”, disse.
Ao final da reunião, ficou agendada para a próxima terça-feira, 8, audiência pública para ouvir os presidentes da ANJL - Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, e IBJR - Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, Andre Gelfi.
Fonte: GMB