Rodrigues deveria ter ido ao colegiado no dia 11 de setembro, mas faltou alegando a proximidade com um jogo da seleção brasileira de futebol, marcado para o dia seguinte. A comissão encerraria os trabalhos em 14 de setembro e não conseguiria ouvir o dirigente, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorizou a continuidade dos trabalhos até 26 de setembro.
Ednaldo Rodrigues será ouvido como convidado em audiência pública para falar sobre a atuação da Confederação Brasileira de Futebol e a manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Rodrigues, de 69 anos, foi eleito presidente da CBF em março de 2022 para mandato até 2026. Antes de assumir oficialmente, ocupou o cargo de forma interina em 2021, depois do afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual de uma ex-funcionária.
Na época, a eleição de Rodrigues foi questionada na Justiça por Gustavo Feijó, então um dos vices-presidentes da entidade e ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol.
DEPOIMENTO
A ida de Rodrigues à CPI é uma das mais esperadas pelos deputados. Ele foi alvo de quatro pedidos apresentados na comissão para seu comparecimento. Os deputados esperam ouvir as medidas adotadas CBF na prevenção e combate à manipulação de resultados, além de esclarecimentos sobre os processos atuais de fiscalização e transparência.
A audiência foi pedida pelos deputados Fred Costa (Patriota-MG), Luciano Vieira (PL-RJ), Ricardo Silva (PSD-SP) e Mersinho Lucena (PP-PB).
Em ofício enviado em 18 de maio a Ricardo Silva, 3º vice-presidente da CPI, Ednaldo Rodrigues elogiou a iniciativa da comissão e declarou que a manipulação de resultados é um “problema antigo” agravado pela internet.
Segundo ele, a CBF adota “as mesmas medidas que as principais entidades esportivas do mundo adotam para a proteção da integridade do esporte”. Na mensagem enviada, o dirigente também disse que a confederação está estruturando “iniciativas próprias” para combater a manipulação.
A CPI foi instalada em 17 de maio e é presidida pelo deputado Júlio Arcoverde (PP-PI). Ele já presidiu o River Atlético Clube, de Teresina (PI). A relatoria é do deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
A comissão tem origem na investigação do MP-GO (Ministério Público de Goiás). O órgão deflagrou em 14 de fevereiro a Operação Penalidade Máxima, que apura manipulação dos resultados de jogos na Série B do Campeonato Brasileiro de 2022.
Fonte: GMB / Poder360