Mesmo com o pedido de prorrogação atendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a CPI-FUTE, criada para investigar a manipulação de resultados no futebol, terminou sem a votação do relatório final e a Comissão “terminou em pizza”, como se diz popularmente no Brasil quando algo termina sem nenhuma conclusão.
A votação, que aconteceria no último dia 20, foi cancelada após inúmeros bate-bocas entre deputados da Comissão. Remarcada para o dia seguinte, voltou a ser cancelada, ficando agendada para o último dia de vigência da CPI, esta terça-feira, 26.
Após o pedido de vistas, feito por Wellington Roberto (PL-PB), os deputados Luciano Vieira (PL-RJ), José Rocha (União-BA) e Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) endossaram o pedido, definindo a condição de “vista coletiva” para o relatório.
Independentemente da quantidade de membros com direito a vistas do relatório, uma única solicitação já daria como encerrada a CPI.
Após uma cansativa CPI com poucas contribuições ao combate de manipulação de resultados, com oitivas de dezenas e personagens, o deputado Felipe Carreras, apresentou seu relatório de 244 páginas na semana passada.
Como era de se esperar, nada envolvendo as casas de apostas esportivas foi apontado no documento. Entretanto, o relator propôs que fossem discutidos quatro projetos envolvendo o combate à prática, entre eles tipificação de penalidades e identificação de autores, assim como a vedação de apostas sobre ações ou condutas individuais.
Felipe Carreras sugeriu que a Câmara dos Deputados discuta os seguintes projetos:
Ao término da reunião desta terça-feira, 26, Felipe Carreras voltou a afirmar que “não identificamos indícios por parte das casas de apostas de envolvimento com manipulação de resultados. Pelo contrário, elas foram lesadas”.
Fonte: GMB