MAR 26 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 05:25hs.
Entrevista com o presidente do IBJR

No podcast Brazilian Lounge, Andre Gelfi pede a redução da taxação na MP das apostas esportivas

O presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, Andre Gelfi, foi o convidado da 4ª edição do podcast Brazilian Lounge. No encontro, voltou a defender que a MP das apostas esportivas deve revisar seus parâmetros para reduzir a carga tributária e atrair empresas globais para o mercado.

O presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável – IBJR, Andre Gelfi, foi o convidado desta semana do podcast Brazilian Lounge. Após as manchetes do dia, Gelfi apresentou a entidade e reforçou a importância de o governo entender melhor a atividade de jogos e apostas para atrair os players para o futuro mercado regulado no país.

Estive há alguns dias na CPI da manipulação de resultados e o foco dos parlamentares foi conhecer as casas de apostas esportivas”, comentou Gelfi, lembrando que não elas não são o problema que envolve a manipulação de resultados.

 O presidente do IBJR destacou a importância da parceria com o Conar para que o setor de apostas esportivas tenha um código de autorregulamentação. “Somos membros fundadores do setor de iGaming e estamos muito focados na regulamentação assim como na questão da publicidade do nosso segmento”.

Para ele, a publicidade responsável é fundamental para dar credibilidade ao setor, de maneira a dar a toda a sociedade mostras da seriedade de uma indústria que opera globalmente dentro de conceitos rígidos de compliance e práticas de jogo responsável.

Andre Gelfi comentou que é muito importante que o governo perceba que só apresentando uma condição tributária adequada irá atrair os operadores para o mercado legal e não a simples aplicação de uma taxa específica de 18% sobre o GGR. “Não se pode achar que apenas determinando uma alta taxa e exigir que as empresas se credenciem tudo vai acontecer da forma que ele espera”.

Ao entender a dinâmica global do setor, na avaliação do presidente do IBJR, o governo vai perceber que impostos altos irão inviabilizar o cenário regulado. “Um operador que tem foco em apostas esportivas, pelo menos 30% de sua atuação envolve jogos de cassino online. Ele terá de fazer a escolha de trazer ou não seu negócio para o Brasil renunciando a uma importante fonte de receita”, comentou.

Entre outras considerações, Andre Gelfi comentou a inadequação do processo de regulamentação ao definir restrições a apostadores que tenham restrições de crédito. “O consumidor é livre para contratar serviços ou comprar qualquer produto. Tolher a liberdade de uma pessoa maior de idade não faz o menor sentido”, afirmou.

Estamos vendo o Congresso acelerando o tema da regulamentação das apostas esportivas e o governo terá de trabalhar no detalhamento disso tudo nos próximos meses. É uma discussão absolutamente pertinente e fundamental para todos nós”, finalizou.

Fonte: GMB