“Fiquei muito feliz de, mais uma vez, poder estar nas Tocas 1 e 2 e de entregar mais um projeto. Agora, de atualização do Código de Ética e das políticas de que tive a oportunidade, há quase dois anos, de ajudar na construção”, afirmou a advogada Mariana Chamelette após o evento.
O combate à manipulação de resultados no esporte tem sido a tônica de diversas palestras e encontros realizados por entidades esportivas, clubes e associações, com o objetivo de garantir a integridade e mitigar a proliferação de atos ilícitos que maculam o esporte.
O debate no Cruzeiro foi muito enriquecedor para esclarecer dúvidas sobre os temas e reforçar a importância de se manter honesto no âmbito esportivo. As formas de aliciamento de atletas visando a manipulação de resultados e os danos causados à imprevisibilidade foram alguns dos tópicos discutidos, assim como o incentivo para que atletas denunciem qualquer tipo de abordagem.
Uma das principais impulsoras da palestra foi a advogada Marina Drummond Machado, especialista de governança e compliance do Cruzeiro. O clube vem incentivando o debate sobre o combate à manipulação de resultados há mais de dois anos, quando passou a promover encontros de atletas e comissões técnicas com especialistas da área.
Discussões como as que aconteceram no encontro reforçam a importância de apresentar ao ecossistema esportivo as mais importantes informações sobre os perigos e consequências da manipulação de resultados com vistas a benefícios escusos em apostas esportivas.
Ao conscientizar atletas e reforça a necessidade de garantir a integridade no esporte, a comunidade esportiva se sente incentivada a tomar decisões éticas e recusar abordagens ilícitas.
O mercado de apostas esportivas tem incentivado a educação como uma das principais maneiras de se combater a manipulação de resultados. Empresas como Sportradar e Genius Sports, especializadas no tema, têm sido um dos players mais envolvidos no esclarecimento de atletas sobre os malefícios do match-fixing.
Entidades como a International Betting Integrity Association (IBIA), que atua em âmbito global, e a Associação Brasileira de Defesa da Integridade do Esporte (Abradie) também têm sido muito presentes na disseminação de políticas para garantir que o esporte não seja maculado.
O tema ganhou destaque nacional com a operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que levou à criação de CPIs no Congresso Nacional para investigar a ação de criminosos e o envolvimento de atletas na manipulação de resultados no futebol.
Em nenhum momento ficou provado o envolvimento de casas de apostas esportivas na prática criminosa e que elas também são prejudicadas com a ilegalidade, já que são obrigadas a pagar prêmios fora da realidade do que seria em uma aposta limpa.
Fonte: GMB