SÁB 21 DE DICIEMBRE DE 2024 - 14:11hs.
Tecnologia

Reconhecimento facial já em 2025 combaterá jogo por menores e fraudes

Mais uma vez o Brasil inova em termos de tecnologia. Já se sabe que o País será o primeiro do mundo a implantar o reconhecimento facial de apostadores e o sistema começará a funcionar a partir do próximo ano já entrou na fase final de testes. A proteção a menores e o combate a hackers estão entre aos objetivos da nova tecnologia.

O reconhecimento facial terá como principal meta impedir que menores de 18 anos apostem, usando os celulares de seus pais ou responsáveis, uma das maiores preocupações tanto do Governo quanto dos agentes privados no grande esforço de regulação que vive o País neste final de ano, para proteger menores e outras pessoas mais vulneráveis, evitando que se viciem nesta atividade.

Com associados que representam mais de 75% de todos as operadoras de apostas em atividade no País, o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR) a nova tecnologia já está em fase final de integração com as plataformas das bets ligadas à entidade.

Outro benefício do reconhecimento, segundo explica o IBJR é usar a biometria cruzada, com acesso aos bancos de dados do Governo Federal e do próprio setor privado, para combater as fraudes que, mesmo com todos os investimentos das chamadas bets em segurança, ainda causam dor de cabeça em muitos países.

Possíveis fraudadores e os sempre indesejáveis hackers não poderão mais, com tanta facilidade, entrar nos sistemas de dados de celulares de terceiros para realizarem suas fraudes, causando prejuízos que podem ser muitos.

O reconhecimento fácil no segmento de apostas será, segundo o IBJR, bastante similar ao que já é utilizado em instituições financeiras e agências bancárias. A partir de janeiro de 2025 todas as empresas do segmento de bookmakers já terão de ter implantado a tecnologia, no que tem sido bastante assessorado pelo instituto do jogo responsável. (ver em Reconhecimento facial de apostadores virtuais, obrigatório a partir de 2025, passa por testes finais).

Tanto o segmento de apostas esportivas como o de cassinos virtuais – que atrai milhões em aficionados em todo o mundo – estão passando por uma verdadeira revolução no Brasil. O atual governo resolveu endurecer as exigências às chamadas bets, que terão de pagar uma licença de R$ 30 milhões para uma licença de funcionamento. Além disso, a alíquota de imposto sobre os bookmakers chegar a 12% sobre a arrecadação, já descontados os prêmios pagos aos apostadores por seus lances vitoriosos na internet.

Outras medidas pretendidas pelo governo e que estão causando muito debate e polêmica são a proibição ou pelo menos a limitação de apostas via PIX e o impedimento ao uso do cartão do Bolsa Família por pessoas mais carentes para fazerem seus lances em casas de apostas nacionais ou estrangeiras.

As apostas pela internet são uma realidade inescapável também em nosso País, com milhões de torcedores já fazendo seus lances pela internet. Muitos clubes de futebol das principais séries do Campeonato Brasileiro têm bookmakers como patrocinadores, alguns classificados como “Master”, tal o volume do investimento em tais parcerias.

Apesar do sucesso do setor, profissionais de psicologia, religiosos e outros temem um crescente endividamento da sociedade por conta que pessoas que se viciam no jogo e comprometem seus orçamentos domésticos, muitos deles bastante limitados. Por isso, o reconhecimento facial eletrônico, de acordo com o Governo e o setor privado, seria uma ferramenta a mais para afastar crianças e adolescentes do jogo pela rede internacional.

Denúncias sobre publicidade ilegal, que atraem menores para sites de apostas, têm pipocado nos últimos tempos, algo que chegou a ser comentado pelo próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo diz que está otimista de que a regulamentação será bem-sucedida. Lula, porém, deixou claro que “se não der conta, eu (o presidente) acabo. Que isso fique bem claro”, enfatizou o presidente brasileiro em entrevista a uma emissora de rádio da Bahia.

Novos passos desta transformação no setor de bets prometem ser dos mais palpitantes, com empresas e mesmo outras esferas do Poder Público como estados e o Distrito Federal entrando com ações no STF questionando o que consideram uma ingerência indevida da União na regulamentação de loterias por agentes privados, por exemplo. Mais informações sobre o setor de apostas podem ser obtidas no site https://apostas-pt.com, totalmente especializado no assunto e com artigos sempre atualizados.