DOM 24 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 23:44hs.
Pontus Lindwall, CEO e presidente

"Betsson planeja entrar no Brasil estrategicamente, sem buscar um marketing agressivo de imediato"

A poucos meses do lançamento oficial do setor brasileiro de apostas esportivas e iGaming após sua fase regulatória, o CEO e presidente da Betsson, Pontus Lindwall, conversou com a Next.io sobre a estratégia da empresa para ingressar no mercado e como trabalhar com afiliados. “Enviamos nosso pedido de licença, mas planejamos entrar estrategicamente. Não estamos almejando uma posição de pódio no Brasil”, afirma Lindwall.

O primeiro ponto abordado pela NEXT.io foram os planos da empresa de se aproximar do mercado brasileiro. “Devido ao seu potencial como um mercado regulamentado, o Brasil está no nosso radar há muito tempo — cerca de 10 anos. Dado seu tamanho, tem havido interesse significativo e discussões contínuas. No entanto, o progresso tem sido frequentemente adiado. Atualmente, ainda há algumas preocupações sobre as regulamentações e as ofertas permitidas no mercado. Esperamos ver uma oferta totalmente competitiva, que controle os operadores não regulamentados”, Pontus Lindwall começou a explicar.

Apesar de ser uma gigante global que poderia ser assumida como tendo planejado um desembarque agressivo no país, Lindwall parece pisar um pouco no freio, pelo menos no começo. “Parece haver muito interesse das operadoras. Espero que várias empresas briguem por participação de mercado, desde o começo. Não seremos uma delas. Enviamos nosso pedido de licença, mas planejamos entrar no mercado estrategicamente”.

Embora possamos não buscar estratégias de marketing agressivas imediatamente, queremos entender como o mercado se desenvolve e nos adaptar de acordo. Nosso foco será aprender e observar a dinâmica do mercado".

Apesar de ter acordos de patrocínio de camisas com times de futebol importantes em outros mercados, como o Boca Juniors na Argentina e a Inter de Milão na Itália, o CEO da Betsson descarta, por enquanto, executar uma estratégia semelhante no Brasil. “Não acho que isso vá acontecer no futuro próximo porque não estamos planejando mergulhar no mercado de forma muito agressiva desde o começo”, explica. “Não estamos almejando uma posição no pódio no Brasil. No entanto, esperamos que nossos patrocínios existentes nos ajudem a ganhar força no mercado”.

Por outro lado, para posicionar a marca da melhor maneira, ele destaca o trabalho com marketing de afiliados. “A afiliação desempenha um papel crucial na maioria dos mercados, e não prevejo que isso mudará no Brasil. Continuamos a investir em parcerias de afiliados porque valorizamos os serviços que eles fornecem”.

Dito isso, vale a pena notar que diferentes mercados têm restrições e cenários de marketing variados, o que pode afetar a participação do marketing que vem por meio de afiliados. No entanto, o papel do marketing de afiliados continua importante em nosso setor, e não vejo isso diminuindo”.

Sobre se ele considera que os operadores buscarão produzir conteúdo de afiliados por conta própria, Lindwall conclui: “Não tenho certeza se gerenciar o marketing de afiliados internamente é necessariamente mais fácil, especialmente quando se trata de streaming e marketing no estilo influenciador. Muitas empresas, incluindo a nossa, tentaram criar conteúdo de afiliados internamente.

Embora tenhamos experimentado alguns sucessos em áreas onde tínhamos um forte inventário, também houve desafios. No geral, a principal conclusão é que a presença contínua de afiliados indica que eles possuem habilidades e conhecimentos específicos que os operadores podem não te
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Fonte: NEXT.io