JUE 26 DE DICIEMBRE DE 2024 - 23:25hs.
Gabriel Pinto, gerente de vendas

"Infingame fornece aos operadores as ferramentas necessárias para engajar jogadores brasileiros"

Nesta entrevista exclusiva ao Games Magazine Brasil, Gabriel Pinto, gerente de vendas da Infingame, agregador líder de iGaming, compartilha insights inestimáveis enquanto o Brasil se prepara para o lançamento oficial de seu setor regulamentado. Faltando apenas 2 meses, ele discute expectativas, destacando os desafios e oportunidades que estão por vir e as estratégias que a empresa está implementando para garantir uma entrada bem-sucedida neste mercado vibrante e diverso.

Games Magazine Brasil - O mercado regulamentado do Brasil deve ser lançado oficialmente em 1º de janeiro de 2025. Agora que estamos a apenas alguns meses de distância, quais são suas expectativas gerais para o mercado de apostas brasileiro quando ele for totalmente regulamentado? Onde estarão as maiores oportunidades?
Gabriel Pinto - Estou confiante de que o mercado brasileiro está em boa posição para estar pronto para o lançamento do mercado em 1º de janeiro de 2025. O governo já antecipou quaisquer problemas na regulamentação - vimos isso com o número de sites bloqueados nas últimas semanas, o que cria um mercado justo e competitivo para os operadores regulamentados sob o novo regime de licenciamento.

Embora existam marcas de operadores que não solicitaram uma licença durante a primeira rodada de licenciamento, elas podem optar por solicitar uma licença mais adiante, mas o governo está se adiantando a quaisquer operadores que oferecem sites não regulamentados e garantindo que cada marca esteja agindo de acordo com a legislação futura.

Já estamos vendo empresas adaptando seus modelos de negócios para que sejam adequados às novas regulamentações. Por exemplo, se você quer operar no Brasil, precisa ter uma entidade brasileira para fornecer os serviços para a indústria. É claro que ainda há muito a fazer antes de 1º de janeiro de 2025. Mas acho que o governo está em uma posição forte para colocar o mercado em funcionamento até a data de lançamento!

O que você pode nos contar sobre os planos da Infingame para o Brasil? Como você planeja escalar sua plataforma conforme o mercado amadurece?
O momento para a Infingame estar pronta não é 1º de janeiro, o momento é agora. Já estamos conversando com operadoras e estúdios de jogos que buscam entrar no mercado brasileiro e obter uma licença para explorar como podemos continuar a oferecer experiências de destaque para marcas neste mercado incrivelmente empolgante.

Estamos quase terminando de registrar nossa entidade brasileira; nossas estratégias de comunicação e vendas estão em vigor e estamos trabalhando muito nos bastidores para garantir que estejamos prontos para essa data de lançamento no mercado. No final das contas, estamos prontos para começar.

À medida que o mercado amadurece, nosso plano é continuar entregando conteúdo de jogos localizado e emocionante que permita que nossos parceiros ganhem vantagem sobre seus concorrentes. Com mais de 15.000 jogos em nossa plataforma, todos os nossos títulos são cuidadosamente selecionados por nossa equipe para garantir que sejam da mais alta qualidade.

Também nos dedicamos a fornecer às operadoras as ferramentas necessárias para interagir com seus jogadores em todo o Brasil. Para ser o melhor em um ambiente tão competitivo, você precisa ir além por seus parceiros.

Na sua opinião, houve alguma surpresa em termos do processo regulatório/licenciamento?
A maior surpresa é provavelmente a velocidade com que as coisas progrediram! O processo regulatório inicial começou em 2018, e parecia que passamos quatro ou cinco anos esperando que algo acontecesse. Mas nos últimos 18 meses, as coisas progrediram muito rapidamente.

Estamos na reta final agora e o Governo certamente está garantindo que tudo esteja pronto para começar em 1º de janeiro. Como mencionei, já houve vários sites que foram bloqueados, e espero que isso continue até 1º de janeiro, enquanto o governo continua a reprimir operadores não licenciados.

A Infingame está pronta para entrar em ação assim que o mercado for lançado. Estamos no processo de estabelecer nossa entidade brasileira e já estamos conversando com operadores sobre como podemos melhor apoiar seus esforços no envolvimento com os jogadores. Para nós, é tudo sobre fornecer uma profundidade de conteúdo que seja localizada e personalizada para o público brasileiro. Nossa equipe de gerenciamento de contas fez um ótimo trabalho ao escolher os jogos que estão disponíveis em nossa plataforma para garantir que eles ressoem com o público local.

Com tantas marcas solicitando licenças (aproximadamente 113) qual será a chave para os operadores que desejam se destacar? É por causa da marca, diversidade de produtos ou talvez outro fator?
Acho que um grande fator para se destacar da multidão será como as marcas podem se comunicar efetivamente com seu público. O Brasil é um país extremamente diverso, com vários dialetos, culturas e preferências de jogadores diferentes. Ao se promover para os jogadores, você precisa levar essas complexidades em consideração – você não pode esperar atender a todos com uma campanha "tamanho único". Você deve considerar o idioma, a experiência do usuário, as preferências dos jogadores, como os produtos que você oferece podem refletir tendências no comportamento dos jogadores, etc.

Com os custos de aquisição de jogadores em alta histórica, os operadores devem realmente se concentrar em entregar campanhas direcionadas que ofereçam um retorno sobre o investimento. Um dos maiores desafios que os operadores enfrentarão, na minha opinião, não é apenas envolver esses jogadores, mas mantê-los voltando ao seu site. O marketing, principalmente as mídias sociais e os afiliados, pode realmente ajudar a atingir isso.

O Brasil tem uma forte afinidade com plataformas de mídia social, e estamos vendo a fusão de ambos os canais se tornar uma forma mais proeminente de marketing dentro do espaço de apostas. Isso, é claro, difere entre as regiões. Não podemos esquecer também dos clubes e ligas esportivas, e em outros lugares, estamos vendo cada vez mais marcas optando por direitos de nomeação e patrocínios.

De uma perspectiva de produto, os operadores precisam garantir que estão priorizando apostas mais seguras e segurança de transações. Este é um grande ponto de discórdia para apostadores em todo o Brasil – se as casas de apostas e cassinos querem se envolver efetivamente com apostadores, eles precisam mostrar que estão levando isso em consideração.

Quais desafios você prevê para navegar no ambiente regulatório do Brasil em comparação com outros mercados latino-americanos?
Quando você olha para o mercado latino-americano, você realmente precisa entender que cada país individual é muito diferente. Cada um tem suas próprias complexidades quando se trata de idioma, cultura, socioeconomia - tudo isso se traduz em diferenças nos comportamentos dos jogadores e ambientes regulatórios.

Antes mesmo de entrar na região, você precisa entender completamente a dinâmica em jogo. Esse, eu acho, será o maior desafio para as pessoas que querem entrar no Brasil. Os operadores devem entender que o Brasil é um mercado completamente único; você precisa ter uma entidade registrada para poder operar aqui. Sem isso, você não pode oferecer seus serviços aos apostadores.

Você também deve levar em conta as preferências locais – desde incorporar o Pix até oferecer verticais que são populares entre os jogadores, sem mencionar que há 27 estados federativos diferentes aos quais você deve adaptar seu marketing.

Isso é algo que a Infingame faz incrivelmente bem. Garantimos que nossos jogos sejam adaptados aos nossos parceiros que visam o mercado brasileiro; entendemos as preferências dos jogadores locais, quais jogos repercutem em diferentes públicos e como nossos parceiros operadores podem atender melhor a essas demandas exclusivas. Estamos aqui a cada passo do caminho para apoiar sua jornada no Brasil e além!

Fonte: Exclusivo GMB