JUE 7 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 12:54hs.
Alencar da Silveira Júnior

Deputado quer proibir apostas esportivas em faltas e cartões em Minas Gerais

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu nesta quarta-feira (6) um projeto de lei para regulamentar apostas online no estado. O texto, apresentado pelo deputado estadual Alencar da Silveira Júnior, do PDT, proíbe que os usuários das plataformas palpitem sobre eventos que dependam da conduta individual dos atletas, como cartões de punição e número de faltas.

O projeto apresentado pelo deputado Alencar da Silveira Júnior  à Assembleia também impede o uso de jogos aleatórios, como as roletas.

Em outro artigo, o projeto veta apostas online em jogos aleatórios como roletas, cassinos, bingos e jogo do bicho. O trecho abrange, inclusive, variantes do chamado “jogo do Tigrinho”.

A primeira etapa de análise da proposta vai ocorrer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia. A ideia é que a Loteria do Estado de Minas Gerais (Lemg) seja a autarquia responsável por monitorar o cumprimento dos pontos defendidos pelo projeto. Segundo o texto, se houver desrespeito às regras por parte das casas de apostas, o estado poderá multá-las. 

"Os agentes operadores de apostas que atuam no âmbito do Estado deverão implantar, nas suas plataformas, políticas e ações permanentes de prevenção, combate e tratamento ao vício dos apostadores, bem como ferramentas capazes de identificar a sua ocorrência por parte dos usuários, nos termos previstos em regulamento”, lê-se em um artigo do projeto.

Segundo Alencar, que também é presidente do Conselho de Administração do América, o veto às apostas em condutas individuais não impediria que os usuários de plataformas do tipo pudessem palpitar sobre resultados de partidas esportivas. 

O objetivo é garantir que o mercado de apostas online opere de forma responsável, preservando a integridade do consumidor e mitigando os riscos para a saúde pública”, disse.

Jogador de Minas é alvo da PF

As apostas em condutas individuais como os cartões amarelos e vermelhos têm motivado investigações mundo afora para apurar eventuais irregularidades. Nesta semana, por exemplo, familiares do atacante Bruno Henrique, mineiro de Belo Horizonte e pertencente ao Flamengo, foram alvo de uma operação da Polícia Federal.

Bruno é suspeito de ter recebido um cartão amarelo de forma proposital em novembro do ano passado, contra o Santos, pela Série A do Campeonato Brasileiro. A atitude teria servido para beneficiar apostadores próximos a ele.

Fonte: GMB