“Estamos num momento de lançar uma nova loteria. Um resgate da instantânea, que o brasileiro popularmente chamou de ‘raspadinha’. Além da rede lotérica, vamos distribuir a nova modalidade na rede dos Correios”, adiantou Carlos Vieira, presidente da Caixa, sobre os planos para a loteria instantânea.
Ele afirmou não ter dúvidas de que o processo de lançamento será um sucesso, tanto pela capilaridade da rede lotérica quanto das agências dos Correios.
Sobre as apostas esportivas, já é notório o interesse do banco pela entrada nesse mercado. Tanto que a CEF se apresentou no Ministério da Fazenda na lista prévia criada pela Pasta para avaliar o tamanho do mercado. Além disso, a Caixa vem sendo pressionada pela rede lotérica para atuar no segmento.
“Vou te dar um dado de como nós podemos crescer nesse segmento. No mundo inteiro a participação é muito significativa nas economias com relação a valores. O valor hoje da arrecadação no Brasil, dolarizando é de US$ 3,5 bilhões o mesmo volume de um país que tem 5% da população do Brasil que é o que Portugal faz, enquanto na França se arrecada quatro vezes mais do que o Brasil nesse segmento”, exemplificou.
“A gente tem de entrar nesse mercado. A Caixa há algum tempo mantém o mesmo patamar de arrecadação pelas nossas loterias, gerando uma supressão de receitas dos nossos lotéricos. Nós temos todo um plano de expansão que começa pela Lotex e queremos entrar nas bets como um estímulo a esse mercado”, afirmou.
“O mercado do Brasil tem de ser no mínimo do tamanho do mercado da França, que é igual ao do Japão, Canadá e um pouco maior que o da Austrália em torno de US$ 9 a US$ 10 bilhões de arrecadação ano”.
“Veja o tamanho disso…no mínimo quatro vezes mais que o Brasil. No caso da Caixa existe um outro aspecto adicional, as loterias da Caixa, do ponto de vista da arrecadação, 46% é distribuído na forma de benefício social, seja no esporte, saúde, educação, nós estaríamos fazendo uma composição no sentido dessa arrecadação ir para a sociedade de forma direta”, destacou.
O presidente do banco lembrou que “a nossa empresa de loterias (Loterias CAIXA) estava naquele conjunto de empresas a serem privatizadas e saiu daquele contexto em janeiro através de Decreto, então ela se restabelece como uma oportunidade de realização de negócios. A Caixa já tem por portaria do Ministério da Fazenda, a exclusividade pelo período de 24 meses a exploração da modalidade da raspadinha no Brasil”.
No programa, Carlos Vieira deixou claro que não possibilidade de a Loterias CAIXA ter um sócio para operar as apostas esportivas. “A Loterias CAIXA é 100% da Caixa. A ideia inicial dessa subsidiaria integral para essa atividade. Não existe num horizonte de tempo uma expectativa que você vai buscar um sócio para essa empresa”, disse.
Fonte: GMB