“É um dia muito importante para mim e espero que seja também para o futebol do Brasil. É um esporte que todos amamos”, afirmou Textor. Ele agradeceu ao Senado por fazer algo que ele disse não ter presenciado em nenhum outro lugar do mundo – que é uma investigação por parte de uma comissão de uma casa legislativa em relação a denúncias de manipulação nos resultados de futebol.
De acordo com Textor, as fraudes em resultados é hoje um problema global. “A manipulação ocorre como o doping. Ninguém quer acreditar, até a gente perceber que isso pode ocorrer em qualquer lugar”, declarou.
Segundo Textor, a tecnologia usada pela empresa Good Game! – contratada por ele para a análise de partidas – não diz por que o jogo foi manipulado, mas aponta como foi. O dirigente disse que alguns jogos afetaram o Botafogo de forma indireta. Para o empresário, se as provas forem consideradas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) – órgão ligado à Confederação Brasileira do Futebol (CBF) e sem relação com o Poder Judiciário –, e também a polícia e a CPI poderiam tomar iniciativas.
Textor fez uma analogia ao dizer que a manipulação é como um truque de mágica, em que o torcedor olha um lance, enquanto a irregularidade ocorre em outra situação. Ele disse que a visão computacional pode enxergar cada segundo do jogo, com capacidade de avaliação sobre o desempenho de árbitros e jogadores.
Na reunião secreta com membros da CPI, o dono do Botafogo entregou um relatório de 180 páginas elaborado pela empresa Good Game! apontando os indícios de manipulação de resultados.
Segundo o senador Kajuru (PSB-GO), Textor falou de jogos do Botafogo e de vários outros jogos, mostrando imagens e documentos. O presidente da comissão disse que os integrantes da CPI vão analisar os relatórios e as informações que foram entregues.
Fonte: Agência Senado