SÁB 6 DE JULIO DE 2024 - 01:01hs.
Richard Hogg, CEO

“Openbox Gaming confia em sua capacidade de compreender o mercado e os operadores brasileiros”

Em entrevista exclusiva ao GMB, Richard Hogg, CEO da Openbox Gaming, provedora de soluções para iGaming, discute o crescimento global da empresa desde a fundação em 2021, destacando suas estratégias para expandir a presença em mercados como Europa e América do Norte. Ele também aborda a nova regulamentação das apostas esportivas no Brasil e fala sobre como companhia está se preparando para atender às demandas no país.

Games Magazine Brasil - Há quanto tempo a Openbox Gaming está no mercado? Quantas pessoas estão envolvidas?
Richard Hogg
- A Openbox Gaming foi fundada em 2021 por um grupo de profissionais experientes e altamente qualificados da indústria. Inicialmente, firmamos parceria com a maior empresa de desenvolvimento de jogos da Ásia para redistribuir seu conteúdo pelo resto do mundo. Com isso em mente, estabelecemos operações na Ilha de Man, Malta e Reino Unido, alguns dos centros mais respeitados e experientes de apostas e jogos online.

A Openbox Gaming adquiriu as licenças necessárias tanto na Ilha de Man quanto em Malta para possibilitar o desenvolvimento e fornecimento de conteúdo (jogos de cassino e produtos de apostas esportivas) para operadores. Temos uma ótima relação com a GLi, garantindo que tudo o que fazemos atenda aos requisitos de licenciamento, não importa onde estejamos operando.

A Openbox Gaming atua principalmente hoje em mercados fora do Brasil. Quais são as estratégias para penetrar em nosso país em 2024?
Nós nos consideramos uma empresa global e desenvolvemos e planejamos nosso crescimento de acordo com a estratégia. Temos clientes em todo o mundo, incluindo Ásia, América Latina e África, e atualmente nossos planos incluem uma maior atuação na Europa e América do Norte. Para executar isso com sucesso, trabalhamos em estreita colaboração com parceiros e clientes para entender os mercados que estamos buscando entrar, garantindo que possamos agregar valor em mercados sempre concorridos. Portanto, atualmente estamos analisando uma variedade de conteúdos localizados para esses mercados.

A Openbox tem clientes no Brasil e/ou pretende entrar fortemente neste mercado?
A Openbox presta seus serviços para mais de 500 sites no Brasil desde que entrou no mercado, há alguns anos. Estamos muito confiantes na nossa capacidade de compreender o mercado e as necessidades dos operadores com quem trabalhamos.

Conhecemos os produtos que melhor atendem ao mercado e garantimos que estamos bem posicionados para entregar o conteúdo sem atrasos ou atrasos, algo com que nossos clientes tiveram problemas no passado. Na verdade, trabalhamos lado a lado com os operadores na identificação de problemas com sistemas e entrega para otimizar a entrega do jogo para os melhores níveis possíveis.

Que tipo de jogos a Openbox fornece? Quais são os produtos fortes da companhia?
A Openbox tem uma série de produtos e serviços em todo o grupo. Eles incluem nossa própria suíte de jogos proprietários, plataforma de agregação, PAM, bem como opções de pagamentos e licenciamento para clientes. Não é por acaso que nossos parceiros se tornaram os principais fornecedores de jogos nos mercados de origem deles. Os estúdios de desenvolvimento de jogos dedicaram tempo para entender completamente os mercados e conseguiram desenvolver jogos verdadeiramente únicos para esses mercados.

Eram jogos tradicionais usados há anos, mas nunca replicados para o mercado online. São variantes de pôquer, pesca, slots e crash games. Com base nesse conhecimento e experiência, acreditamos que podemos atuar em vários mercados adotando uma estratégia semelhante e, ao mesmo tempo, fornecendo conteúdo estável de outros fornecedores reconhecidos.

Como a empresa vê as novas determinações da lei de apostas esportivas no Brasil?
A nova regulamentação no Brasil é algo que há muito tempo era esperado, e o conceito não é novidade para nós. Muitos países tiveram que legalizar as apostas e jogos remotos para monetizar as receitas e proteger os jogadores. Os Estados Unidos são um dos países mais notáveis a aplicar tal regulamentação, embora não no âmbito federal, o que torna as decisões sobre entrar no mercado mais complicadas.

Operadores e fornecedores terão que entender realmente os compromissos financeiros dessa nova regulamentação. Nos últimos anos, vimos os custos de publicidade e patrocínios na região aumentarem 10 vezes, o que significa que os custos de aquisição de jogadores estão em alta. Devido ao tamanho da população, muitos operadores de fora da área veem isso como uma oportunidade de aquisição de terras potencial, o que não será o caso. Vimos muitos operadores saírem dos mercados dos EUA após falharem em obter qualquer tipo de lucro.

Qual é a diferença do Openbox Gaming hoje no mercado em comparação com outras plataformas?
Como grupo, gostamos de acreditar que podemos agregar valor real oferecendo verdadeira localização para qualquer mercado que entrarmos. Nós nos sentamos com nossos clientes e realmente tentamos entender o que eles desejam alcançar e por quais meios.

Nem todos os modelos de negócios e produtos se adequam a todos nos dias de hoje. Todos estão procurando se destacar da multidão, mas é necessário o envolvimento de todos os interessados para alcançar isso. Ter uma equipe com ampla experiência na indústria nos lados B2B e B2C é uma verdadeira vantagem para nós e nossos clientes. Dizer que "já rodamos o quarteirão" é um eufemismo.

A proibição de oferecer bônus antecipados na plataforma dificulta o engajamento dos clientes?
Os bônus existem desde a concepção das operações de cassino e apostas esportivas online. É uma maneira de os operadores, que oferecem essencialmente o mesmo produto e serviços aos clientes, se tornarem mais visíveis. No entanto, isso traz riscos substanciais. Os jogadores são muito inteligentes e entendem as oportunidades de monetizar tais esquemas de bônus.

O Brasil não é exceção a isso e possui uma renomada comunidade de caçadores de bônus que causam prejuízos substanciais aos operadores. Regularizar os bônus e garantir que todos estejam operando em condições equitativas fará com que os operadores tenham que pensar mais sobre como eles promovem e comercializam sua oferta.

Fonte: Exclusivo GMB