JUE 19 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 14:44hs.
Arrecadação chegaria a R$ 2 bilhões

Caixa se prepara para lançar Lotex em até 60 dias

A Caixa Econômica Federal se prepara para colocar de volta a Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva) – também conhecida como ‘raspadinha’ – em até 60 dias. O produto passaria a ser vendido na segunda quinzena de outubro, com exclusividade pela instituição financeira por 24 meses.

A expectativa da CAIXA é de que a arrecadação com o produto atinja até R$ 2 bilhões, numa estimativa conservadora. A quantia projetada para a receita diz respeito a este período.

O prazo de exclusividade passa a contar a partir da 1ª emissão de bilhetes do produto lotérico em meio físico ou digital. Em março, o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, comentou que a intenção inicial era que o produto fosse comercializado no primeiro semestre de 2024, mas havia pendências quanto à sua operacionalização.

Em 22 de julho, a Caixa Loterias – subsidiária do banco – fechou contrato com o consórcio LTX Brasil. A remuneração da empresa que prestará serviços será por meio de percentual de arrecadação do produto.

Funcionamento

Dos valores a serem arrecadados, 65% serão destinados ao total de pagamento de prêmios. Na prática, essa é a quantia que retornará para o apostador.

Além das casas lotéricas, as apostas poderão ser feitas de forma virtual, com um simulador. Os prêmios até R$ 2.259 serão resgatados nas loterias. A partir desse valor, o ganhador terá de se dirigir a uma agência da Caixa Econômica.

Em dezembro de 2023, o Ministério da Fazenda autorizou a instituição financeira a retomar a Lotex.  Os valores das apostas irão de R$ 2,50 a R$ 20.

Para o bilhete mais barato, os prêmios devem atingir até R$ 250 mil. O valor máximo de cada jogo resultará em pagamentos de até R$ 2 milhões. Até 2015, quando a raspadinha foi descontinuada, os jogos custavam de R$ 0,50 a R$ 2. Naquela época, o prêmio máximo era de R$ 600 mil.

O banco estuda que o resgate possa ser feito também online para dar maior comodidade ao apostador.

Como seria a volta

A Lotex operou no Brasil dos anos 1960 até 2015, quando foi descontinuada por determinação da CGU (Controladoria Geral da União), que contestou a legalidade da operacionalização. Em 2018, uma nova legislação retomou a modalidade na forma de concessão, por meio de processo licitatório. À época, 2 leilões foram realizados sem atrair interessados. As exigências foram flexibilizadas e, em 2019, as empresas IGT (International Game Technology) e SG (Scientific Game), na forma de consórcio, venceram a concorrência da 1ª concessão da Lotex realizada no país.

O grupo projetou o início das operações para 2020, mas desistiu do negócio depois de considerar que o serviço só seria viável por meio de um contrato de distribuição com a CAIXA, que não foi viabilizado.

Em 28 de fevereiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retirou a Lotex do programa de desestatização. A ação foi oficializada por meio do decreto 11.935 de 2024.

Fonte: GMB