O ex-presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, se calou nesta terça-feira (6) durante depoimento na CPI da Manipulação de Resultados e Apostas Esportivas do Senado. Ele usou seu direito de permanecer em silêncio amparado por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas tentaram de todas as formas tirar respostas do ex-presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, sobre suposto pedido de propina do deputado federal Felipe Carreras.
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No ano passado, a revista Veja publicou matéria em que Cardia revelava que o deputado teria pedido R$ 35 milhões para aprovar o PL das apostas esportivas na Câmara dos Deputados e para não convocar bets durante a CPI naquela Casa.
Nas várias perguntas feitas durante a oitiva nesta terça-feira (6), especialmente do senador Eduardo Girão, Wesley Cardia usou do direito conquistado em habeas corpus e se recusou a responder. Usando de várias artimanhas para tentar conseguir alguma resposta, o senador deu voltas em várias perguntas, mas não conseguiu arrancar de Wesley Cardia nenhuma manifestação sobre o suposto pedido de propina.
Na CPI, Wesley Cardia iniciou seu depoimento apresentando tudo o que foi feito pela Associação Nacional de Jogos e Loterias no sentido de oferecer informações sobre o setor de apostas esportivas tanto no Parlamento quanto no Ministério da Fazenda. “Apresentamos, sempre que fomos chamados, dados relevantes sobre a atividade e durante esse processo sempre tivemos uma participação ativa e republicana para mostrar os benefícios do setor para o país”, declarou.
Cardia fez uma apresentação de todas as etapas do processo que levou à regulamentação das apostas esportivas e jogos no Brasil e deixou claro que durante esse período, a ANJL se reuniu com técnicos do Ministério da Fazenda para levar informações do setor.
Ao final da oitiva, o senador Eduardo Girão apresentou requerimentos para que Wesley Cardia passe a ser investigado pela CPI e que tenha seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados. Os requerimentos ainda serão votados pela comissão.
Fonte: GMB
