JUE 19 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 06:42hs.
Khalid Ali, CEO

“IBIA ajudará seus membros com licença no Brasil a identificar atividades de apostas suspeitas”

A International Betting Integrity Association (IBIA) participou ativamente da 3ª Cúpula de Integridade Esportiva Brasileira. No encontro, o CEO Khalid Ali concedeu entrevista exclusiva ao GMB, quando destacou a importância de debater o tema antes do início da operação regulada no Brasil. “Temos um critério rigoroso de seleção de associados e os habilitaremos para que implementem padrões de monitoramento e relatórios para identificar qualquer atividade suspeita de apostas”.

 

Games Magazine Brasil – Esta é sua primeira visita ao Brasil para participar de um evento que trata da integridade no esporte?
Khalid Ali –
Já estive no Brasil no ano passado para participar de uma grande conferência de jogos, onde tive a oportunidade de conhecer um grande número de operadores, reguladores e outros stakeholders. Mas especificamente em um evento exclusivamente focado em integridade, é minha primeira vinda a São Paulo.

O Brasil está preparado para a integridade esportiva? Os órgãos de regulação estão atentos a isso e sabem o que fazer?
O coração deste evento foi perceber que todo o ecossistema está começando a trabalhar de forma conjunta e se preparando para quando o mercado estiver totalmente aberto em janeiro de 2025. Entre os stakeholders presentes, encontramos operadores, entidades esportivas e associações discutindo pontos em comum para que todos trabalhem de forma integrada e que todos estejam prontos para o próximo ano.

É um bom momento discutir integridade esportiva no Brasil?
É um momento muito importante. O deadline de 20 de agosto mostrou o interesse do setor em atuar baixo regras determinadas pelo governo, quando mais de cem empresas se apresentaram em busca de suas licenças para operar no mercado regulado brasileiro. Por isso, este é o melhor momento para discutir a integridade.

O tema já vem sendo debatido há mais de oito meses e agora chegou o “show time” porque em 1º de janeiro todos deverão estar prontos. Os operadores precisarão se associar a entidades como a IBIA para monitorar as apostas e nos reportar qualquer tentativa de manipulação de resultados. E nós levaremos os dados adiante para as mais relevantes entidades esportivas e reguladores. Um dos meus objetivos aqui é ter a certeza de que estamos estabelecendo uma comunicação muito próxima com operadores e com as entidades esportivas.

Como IBIA pode contribuir mais efetivamente com o futuro mercado regulado brasileiro?
A primeira coisa é que todos os operadores que aplicaram por licenças, que se associem à IBIA, já que temos standards adequados para monitorar e reportar tentativas de manipulação de resultados.

A segunda coisa, é trabalhar em programas educacionais com outros stakeholders, para que todos saibam o que fazer diante de atividades suspeitas, de maneira preventiva. Temos diversas ferramentas para contribuir e sabemos como e onde atuar para contribuir com o ecossistema de apostas esportivas.

Tanto as ações de combate quanto à prevenção já vêm sendo tomadas no Brasil? Quantos associados brasileiros fazem parte da IBIA?
A primeira coisa é identificarmos os operadores para fazerem parte da IBIA. Adotamos processos de due diligence para uma seleção criteriosa. Quando nos damos por satisfeitos com eles, partimos para a segunda etapa, que é habilitá-los para que implementem padrões rigorosos de monitoramento e relatórios para identificar qualquer atividade suspeita de apostas.

Sobre o número de associados, temos mais de 30 operadores que aplicaram por licenças para iniciar a operação regulada a partir de 1º de janeiro. Alguns ainda não atenderam à due diligence que realizamos, mas a partir de novembro, quando as licenças forem emitidas, terei condições de falar o número exato.

Fonte: Exclusivo GMB