Games Magazine Brasil – A Pay4Fun é líder brasileira na área de métodos de pagamento no setor de jogos e apostas, com um sistema de métodos de pagamento confiável com pretensões de fronteiras na América Latina. Como você vê esse mercado?
Leonardo Baptista – O mercado na região está crescendo cada vez mais e explodindo, assim como no Brasil, especialmente agora, às vésperas da regulamentação. Para a Pay4Fun é uma quebra de barreiras, assim como aconteceu quando conquistamos nossa licença do Banco Central.
Agora aplicamos no Bacen para termos o nosso próprio PIX. Atualmente trabalhamos com três parceiros nessa área, mas até o final do ano estaremos com nosso próprio PIX, uma mudança importante para nós como empresa. E o mercado LatAm é nosso objetivo. Até o final do ano estaremos no Peru, Chile e México.
Durante um painel na SAGSE Latam, você descreveu o setor financeiro do Brasil, que tem características bastante específicas. Isso dá uma segurança ainda maior tanto para operadores quanto para os apostadores?
É isso. Na realidade, o sistema de pagamentos brasileiro é um dos mais avançados do mundo. O Banco Central é uma instituição maravilhosa e muito se fala sobre regulamentação da área de jogos, mas não podemos deixar de falar na regulação do setor financeiro.
As instituições financeiras reguladas e autorizadas pelo Banco Central passam uma credibilidade gigantesca para o operador. O dinheiro do operador está resguardado em fundos de investimento do Tesouro Nacional. Ou seja, estão conosco, mas sob guarda do Banco Central do Brasil.
Para o operador é uma garantia tremenda e não corre nenhum risco de ficar travado em uma conta bancária. E para o cliente final, é sensacional pois ele terá seu dinheiro quando pedir seu saque. Nós garantimos tudo isso por meio de nosso capital social com o Banco Central.
Então podemos até dizer que o dinheiro do apostador está investido no governo brasileiro!
Basicamente é isso. É mandatório, por parte do Banco Central, que quando você é uma instituição de pagamento regulada, tem de manter o dinheiro em fundos do Tesouro Nacional. É proibido aplicar ou mexer com ele. Como fica sob custódia do Banco Central, o dinheiro do operador e do usuário está bem resguardado.
Ou seja, mesmo sem a regulamentação do setor de jogos e apostas, o governo já está ganhando dinheiro?
Na realidade, o governo de certa maneira ganha dinheiro por meio das operações dos métodos de pagamento regulados, que pagam impostos e geram empregos. Hoje, a Pay4Fun, por exemplo, conta com mais de 100 colaboradores. Então, mesmo sem a regulamentação do setor, indiretamente o governo já se beneficia do nosso mercado. É importante salientar que pagamos todos os impostos quando fazemos a emissão de dinheiro para o exterior, já que os operadores não estão no país, como o recolhimento do IOF. Então, o governo sim ou sim já está nesse mercado.
Você falou da regulamentação das apostas e da legalização das demais verticais. Acredita nisso para este ano?
Acredito e estou muito confiante. Não vejo sentido sairmos com a regulamentação das apostas esportivas e não aprovar também o PL 442/91. Para nós que estamos nesse mercado há muito tempo, sabemos que as apostas esportivas representam 30% a 40% desse negócio. Não tem porque o governo regulamentar um lado e não regular o outro, que é ainda maior. Tem de abrir tudo e estou muito confiante de que sai até o final do ano. Em 2024 teremos os cassinos online em franca operação.
E num futuro um pouco mais longo os cassinos físicos?
Sem dúvida. Tanto o cassino online quanto o físico, assim como outras verticais de jogos, estarão abertas para o brasileiro poder se divertir e o país conquistar empregos e impostos. Hoje é uma tremenda hipocrisia não regulamentarmos tudo, pois o jogo existe.
Fonte: Exclusivo GMB