MIÉ 18 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 21:55hs.
Em 2022

Com forte presença no Brasil, Stake dispara em popularidade e já fatura R$ 13 bilhões globalmente

O cassino online Stake, que aceita apostas em bitcoin, ethereum e outras criptomoedas, gerou uma receita bruta global de US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) no ano passado. Muitos dos 600.000 usuários regulares do Stake.com e 6 milhões de contas registradas estão localizados em mercados “cinzentos”, como o Brasil, entre outros.

Com sede na Austrália, mas registrada na ilha de Curaçao, no Caribe, a plataforma lançada em 2017 opera em diversos países asiáticos e sul-americanos, como Brasil e México.

Ao contrário da maioria dos grandes grupos de jogos de azar, que não aceitam criptomoedas, muitos dos 600.000 usuários regulares do Stake.com e 6 milhões de contas registradas estão localizados em mercados “cinzas” como Brasil, Japão e outros países do sudeste da Ásia, onde as regras sobre jogos de azar online em sites estrangeiros são indefinidos.

Ele tem um pedido de licença de jogo não criptografado pendente na Austrália e outro quase aprovado no estado canadense de Ontário. Ele também possui pequenas operações de jogos de azar on-line não criptografados nos EUA e no Reino Unido e recentemente adquiriu licenças de jogos de azar tradicionais no México e no Paraguai.

Parte da conquista bilionária que elevou o Stake ao hall das maiores plataformas de jogos online se deve ao rapper canadense Drake, que tem um contrato de publicidade de US$ 100 milhões com a empresa, segundo reportagem do jornal britânico Financial Times (FT). O site afirma que o Stake.com se tornou o sétimo maior grupo de jogos de azar do mundo.

Estou incrivelmente orgulhoso dos esforços de todos no Stake. Nosso crescimento foi astronômico desde a criação em 2017, crescendo de um punhado de clientes para a empresa que somos hoje”, escreveu o cofundador da empresa, Ed Craven, em um artigo no Medium.

O FT revela que, em 2020, o Stake havia gerado uma receita bruta de “apenas” US$ 105 milhões, conforme mostra o gráfico da evolução financeira da plataforma.

O outro cofundador é o também australiano Bijan Tehrani. Eles se conheceram há mais de uma década, enquanto jogavam RuneScape online, relata a publicação.

O Stake nasceu do ‘Primedice’, o primeiro site de apostas da dupla, lançado em 2013, quando o bitcoin valia apenas US$ 20. A partir daí eles conseguiram financiar seus futuros negócios até o lançamento do Stake em 2017.

No caso do Stake, a principal estrela é mesmo Drake, um tradicional apostador de criptomoedas. Em ações simultâneas, ele expõe suas apostas no seu perfil do Instagram – com 134 milhões de seguidores – enquanto na plataforma do Stake transmite ao vivo suas apostas e suas reações.

Quem cuida de tudo isso são os 370 funcionários da empresa treinados para atender jogadores VIP e “super” VIP, relata o FT.

O Stake não economiza publicidade: além de Drake, a empresa patrocina vários canais no Youtube, inclusive de brasileiros que produzem conteúdos sobre MMA, como Diretasso, Super Lutas e Sexto Round — para atender os jogadores, a plataforma também aceita depósitos via PIX.

A plataforma possui cerca de 6 milhões de contas registradas, mas o número de usuários regulares, ou seja, que jogam sempre ou de vez em quando, é de 600 mil. Grande parte desse montante são de países asiáticos e do Brasil, ressalta a reportagem.

Ingo Fiedler, cofundador do Blockchain Research Lab, disse que grande parte do sucesso do Stake.com pode ser devido ao fato de a criptomoeda e o jogo serem companheiros naturais, ambos atraindo clientes dispostos a correr riscos.

Fonte: Portal do Bitcoin