JUE 21 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 12:24hs.
Holofotes na regulação

No iGB L!VE o Brasil mais uma vez é centro das atenções do mercado global

A cada evento internacional do setor de iGaming, mais o Brasil se destaca pelo potencial de se tornar um dos maiores mercados regulados do mundo. No iGB L!VE Amsterdam não foi diferente. Mesmo ainda operando em uma zona cinzenta, sem a regulamentação, o país foi o centro dos holofotes em um debate sobre LatAm que reuniu Witoldo Hendrich Jr, (Online IPS), Pedrão Bet (Super Afiliados), Gabriel Temponi (EstrelaBet) e Liliana Almeida (Clever).

No iGB L!VE o Brasil mais uma vez é centro das atenções do mercado global

Foto: Games Latam - Revista web

Foto: Games Latam - Revista web

 “El Dorado or reality check” foi o painel no iGB L!VE Amsterdam que reuniu especialistas para debater o mercado latino como um todo e o Brasil, em particular. Mais uma vez, o interesse do auditório foi sobre a expectativa quanto à regulamentação das apostas esportivas e a possibilidade de aprovação do jogo online e, futuramente de outras verticais de jogos.

Se o objetivo era discutir a América Latina, seria de se imaginar que o painel poderia ter profissionais de outros países além do Brasil. Mas diante da grandiosidade do maior país do continente e de sua importância na região, os organizadores colocaram no palco Witoldo Hendrich Jr, (Online IPS), Pedrão Bet (Super Afiliados), Gabriel Temponi (EstrelaBet) e Liliana Almeida (Clever). Esses profissionais conhecem não só as peculiaridades locais quanto de todo o continente.

Os temas ficaram focados em regulamentação, crescimento do mercado, adoção de métodos de pagamento locais e afiliação, entre outros assuntos.

A plateia, claro, se manifestou negativamente sobre a demora na regulamentação e deixou claro que enquanto não houver a definição das regras para a Lei 13.756, os operadores continuarão atuando no país a partir do exterior, o que não é bom nem para eles e muito menos para o Brasil, que não gera empregos formais nem arrecada impostos sobre a atividade.

Pedro Marcos, o Pedrão Bet, como é conhecido não só no Brasil, mas em todo o mundo, centrou sua participação na questão da afiliação, que “vem crescendo de forma sustentável e dando cada vez mais credibilidade à nossa atividade”. O representante da Super Afiliados disse que ainda que em franco crescimento, o setor de afiliação ainda não chegou à sua maturação se comparado com outros países da Europa. “O horizonte é nossa meta e vamos ampliar em muito a participação de afiliados não só no processo de regulamentação do iGaming, como no desenvolvimento deste importante mercado”.

Ele lembrou ainda que todos os operadores globais de olho no mercado brasileiro devem se atentar a três pontos para alcançar o sucesso: tropicalização, sistemas de pagamentos locais e afiliados/parceiros que conheçam o mercado.

Liliana Almeida, gerente de marketing da Clever Advertising, reforçou a questão da estratégia localizada e trabalho em parceria com afiliados para uma operação de sucesso no Brasil. Com presença global, a agência de performance digital tem atuado de forma marcante no mercado brasileiro com ferramentas que vão desde compra de mídia, influenciadores e SEO. Para a executiva, o crescimento do mercado nos últimos anos levou o país a alcançar a atenção global e a regulamentação dará ao Brasil a condição de uma das maiores jurisdições de iGaming do mundo e todos devem se preparar buscando parcerias com afiliados e se adequar às exigências que virão com a definição das regras por parte do governo.

Para Witoldo Hendrich Jr., diretor da Online IPS, já era de se esperar que o Brasil seria o alvo das atenções no painel sobre LatAm. “O mercado no continente é efervescente, mas o Brasil está nos holofotes. Todos demonstraram interesse em saber quem está chegando ao mercado, como está o processo de regulamentação e, em última análise, como entrar no Brasil. E isso demonstra o que já sabemos. Há um potencial de crescimento ainda maior do que normalmente se especula”, analisou Witoldo.

Quando uma plateia inteira está interessada em saber como “começar” no Brasil, isso mostra que o mercado está longe da saturação”, resumiu o advogado.

Gabriel Temponi, diretor de vendas da EstrelaBet, ressaltou que os operadores devem explorar o setor de iGaming no Brasil de forma responsável e focada, ainda que a regulamentação ainda não tenha saído, nas melhores práticas globais. Para ele, será fundamental que todos os operadores estejam em sintonia com as regras que virão de forma a buscarem suas licenças já sabendo que conseguirão cumprir com as regras.

O boom do mercado brasileiro é inquestionável e a conexão entre os operadores com fornecedores de produtos e serviços para a atividade e a sintonia com afiliados serão preponderantes para o sucesso não só de uma empresa, mas de todo os players. Todos devem buscar as melhores práticas para que esse boom continue fazendo do Brasil um dos maiores mercados do mundo”.

Fonte: GMB