O CEO da Pay4Fun, Leonardo Baptista, contou um pouco de sua vitoriosa trajetória profissional. Amante inveterado de tecnologia, o engenheiro de sistemas acabou direcionando essa paixão para outra característica que o descreve, o empreendedor.
Ao ver a Lei 13.756, que legalizou as apostas esportivas no Brasil, Léo resolveu fundar a Pay4Fun para aproveitar a nova onda que chegava ao país. Diante da necessidade que as casas de apostas esportivas tinham de estabelecer parcerias locais para oferecer seus serviços ao público brasileiro, nada melhor do que uma empresa especializada.
Ao longo desses cinco anos, a Pay4Fun expandiu-se, alcançou centenas de casas de apostas esportivas ao seu leque de parceiros e no ano passado conquistou a tão almejada licença do Banco Central, sendo a primeira empresa a operar com o selo do Bacen no mercado brasileiro de iGaming.
Hoje, mais do que consolidada, a Pay4Fun aguarda, assim como todo o mercado, uma profunda revisão no projeto de lei aprovado há poucos dias na Câmara dos Deputados. Para Léo, o único aspecto bom do PL foi a definição de que empresas de métodos de pagamento só poderão operar no mercado regulado se tiverem autorização do Banco Central, caso da Pay4Fun.
“Agora, do jeito que está, se sair, ‘vai dar ruim’, como costumamos brincar. Não tem como dar certo com a taxa impositiva tanto para os operadores e para os apostadores. Está errado e minha esperança é que no Senado muita coisa pode acontecer. A inclusão do cassino online, pelo menos, é muito boa para todo mundo”, analisou.
Sobre o lado bom quanto às empresas de métodos de pagamento, Witoldo Hendrich Jr., um dos hosts do podcast, afirmou que “por mais que tenha sido uma vitória a exigência de empresa autorizada pelo Bacen, o texto como um todo é um empurrão para o mercado negro. Uma empresa como a sua, licenciada pelo Banco Central, não poderá aceitar uma empresa offshore. Se o jogo ilegal se instalar por conta de uma tributação malfeita, vai abrir o mercado para alguém que monta um método de pagamento, roda por seis meses e abre outro”, comentou.
Léo disse que existe esse risco, mas vê o lado bom de que hoje esses aventureiros atuam no mercado justamente por não haver uma regulamentação consolidada. “A partir daí, o rigor sobre o sistema de pagamento é tão grande que não será permitida essa bagunça por parte daqueles que não cumprirem efetivamente o que foi definido. O Banco Central vai pegar no pé de quem não estiver cumprindo a lei”.
Para o CEO da Pay4Fun, “a regulamentação não vai sair da forma como está proposta. Virão mudanças no Senado e esperamos que elas canalizem o apostador para o mercado regulado e para que as empresas realmente apliquem por licenças junto ao Ministério da Fazenda”.
Léo lembrou que o governo demorou muito para regulamentar a atividade e que até hoje “o único dinheiro que entra para os cofres da União advindos do setor de jogos é o IOF (imposto sobre operações financeiras) de 6,38% sobre as remessas efetuadas por empresas de métodos de pagamento que atuam de forma correta, como a Pay4Fun”.
Sobre os planos de expansão, o CEO da Pay4Fun destacou que já tem escritórios no Chile, Peru e Holanda, mas segurou todos os avanços quanto à operação em si. “Mas para o próximo ano, estaremos no Chile, Peru e México, só para começar”, concluiu.
Fonte: GMB