O governo sugeriu a legalização de cassinos online como parte do projeto de orçamento para 2025 apresentado no fim de semana. O texto foi examinado pela Assembleia Nacional na segunda-feira.
Argumentando que França e Chipre são os únicos estados-membros da União Europeia onde os cassinos online ainda são ilegais, a administração do primeiro-ministro Michel Barnier apresentou no fim de semana uma emenda ao seu plano orçamentário para 2025 que está em debate no Parlamento desde segunda-feira (21).
Os cassinos físicos já protestaram contra o plano, dizendo que correm o risco de perder grandes fatias do faturamento e empregos se os cassinos online puderem competir com eles.
A França permite apostas online, mas o jogo de cassino online foi proibido, com governos anteriores argumentando que o risco de vício é muito grande.
O pôquer, que é jogado em cassinos e permitido online, é a exceção porque é considerado mais dependente da habilidade do jogador do que da pura sorte.
Mas há uma oferta crescente de cassinos online ilegais na França, que o governo acredita gerar até € 1,5 bilhão a cada ano, ou cerca de 10% de toda a renda do setor.
Ao legalizar e regulamentar os cassinos online, o governo acredita que pode "limitar o impacto dos jogos online na saúde dos consumidores". Também seria capaz de tributá-los em 55,6% da receita bruta.
Embora os sites de apostas há muito tempo queiram adicionar jogos de cassino à sua oferta online, os cassinos do mundo real dizem que o impacto em seus negócios seria "catastrófico", custando-lhes entre 20 e 30 por cento de suas receitas brutas.
Gregory Rabuel, head da associação de cassinos da França, disse ao jornal de negócios Les Echos que a mudança levaria ao "fechamento de 30 por cento de nossos estabelecimentos", com 15.000 empregos em risco.
Mas os defensores da mudança do governo argumentam que já existe um mercado considerável de cassinos online, e sua legalização não aumentaria significativamente as pressões competitivas sobre os cassinos físicos em comparação com agora.
Fonte: GMB / AFP
