VIE 27 DE DICIEMBRE DE 2024 - 03:02hs.
Preocupação com os aposentados

INSS avalia impacto das apostas esportivas nos benefícios

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, levantou preocupações sobre o impacto das apostas esportivas nos gastos dos beneficiários do órgão. Após a divulgação de dados sobre um possível dispêndio de cerca de R$ 3 bilhões por pessoas que recebem o Bolsa Família, um sinal de alerta se acendeu no INSS para risco financeiro entre aposentados e pessoas com deficiência.

O INSS é responsável pelo pagamento de benefícios sociais para cerca de 40 milhões de brasileiros mensalmente. Muitos desses beneficiários são aposentados que, embora não enfrentem as mesmas dificuldades alimentares de quem recebe o Bolsa Família, ainda têm de gerenciar um orçamento limitado. Assim, qualquer gasto excessivo pode trazer consequências significativas para sua estabilidade financeira.

Para muitos aposentados, a renda mensal é essencial para cobrir gastos básicos como alimentação e educação dos netos. Stefanutto enfatiza que, para quem ganha em média R$ 1.900, uma alocação significativa de recursos para jogos de aposta pode ser prejudicial. 

Neste sentido, é crucial entender se esses gastos comprometem a saúde financeira dos beneficiários e desenvolver estratégias adequadas para mitigar riscos.

Em face deste cenário, o INSS pretende não apenas observar os efeitos imediatos, mas também considerar campanhas de conscientização e educação financeira para seu público. Isso pode incluir desde a produção de materiais educativos até a organização de workshops voltados para a administração financeira pessoal.

Stefanutto busca entender melhor o perfil de gastos dos beneficiários e, para tanto, mantêm contato com instituições como o Banco Central e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ideia é explorar mais a fundo o comportamento financeiro e os impactos das apostas esportivas sobre as populações vulneráveis atendidas pelo INSS.

Esses esforços visam não apenas avaliar a situação atual, mas também formar bases sólidas para políticas preventivas. Isso pode incluir medidas como restrições de gastos, aconselhamento financeiro e ações de sensibilização que ajudem os beneficiários a gerenciarem melhor seus recursos.

A possibilidade de que uma parte dos recursos destinados à subsistência seja usada de formas arriscadas continua sob análise. O INSS está comprometido em entender como esse fenômeno pode afetar a longo prazo a segurança econômica das populações que dependem de seus benefícios.

Embora ainda não se tenha uma solução definitiva, Stefanutto e sua equipe estão trabalhando para que os recursos financeiros dos beneficiários do INSS sejam utilizados de maneira que garanta seu bem-estar e segurança, minimizando assim o impacto das apostas nos orçamentos familiares.

Fonte: GMB