VIE 20 DE DICIEMBRE DE 2024 - 17:33hs.
Leonardo Brodsky, head de vendas e gestão de contas

“PayBrokers ajustou seus serviços para atender às regras da regulação e impulsionar os operadores”

Com o início do mercado regulado no Brasil, as operadoras deverão efetuar mudanças em seus sistemas financeiros. A partir de 1º de janeiro, elas terão de manter 3 contas: transacional, destinada a depósitos e saques dos apostadores, proprietária, para movimentações normais a qualquer negócio, e de reserva, com saldo de R$ 5 mi para emergências. Em entrevista exclusiva ao GMB, Leonardo Brodsky, head de vendas e gestão de contas da PayBrokers, explica a rotina.

Games Magazine Brasil - A partir de janeiro, as casas de apostas esportivas e jogos online terão de operar com três contas: a transacional, a proprietária e a de reserva financeira. Poderia explicar melhor como os operadores irão se adequar a isso?
Leonardo Brodsky -
Essas três contas têm funções distintas. Na conta transacional, os jogadores realizam depósitos e saques. Na conta proprietária, os operadores podem realizar movimentações financeiras normais, como qualquer empresa. Já na conta de reserva, deve haver um montante de R$ 5 milhões investidos em títulos públicos, como uma medida preventiva para assegurar o pagamento aos apostadores em casos de insolvência ou falta de liquidez da operadora.

Em relação à adaptação a esse modelo, o principal ponto de atenção será garantir que o saldo das contas transacionais dos operadores seja sempre equivalente ao total devido aos usuários.

Não é algo extraordinário. Para o operador, basta entender que precisa ter: uma conta focada 100% nas operações com os clientes finais (transacional), uma conta para as despesas da empresa (proprietária) e uma conta de reserva, que deve estar aplicada em títulos públicos para emergências. Com o parceiro certo, essa adaptação torna-se bastante simples.

Como serão efetuadas as transferências financeiras entre essas contas?
Pelo fluxograma estabelecido, todas as contas transacionais de um operador, somadas, devem ter saldo equivalente ao montante devido aos usuários do site. Qualquer valor excedente pode ser transferido para a conta proprietária. Em caso de déficit, o operador deve realizar uma transferência da conta proprietária para a transacional.

É importante ressaltar que haverá movimentações constantes entre as contas transacional e proprietária. Isso demandará um controle rigoroso para garantir a eficácia na gestão dos ativos financeiros.

Quanto à conta de reserva, a movimentação exige autorização prévia do órgão responsável. Os valores devem ser transferidos da conta de reserva para a proprietária e, em seguida, para a transacional. Além disso, é obrigatório manter o saldo de R$ 5 milhões constantemente aplicado em títulos públicos. Apesar dessas especificidades, o processo não apresenta grandes dificuldades.

A Secretaria de Prêmios e Apostas e o Banco Central irão fiscalizar essas movimentações?
Sim, mas com atribuições distintas. As Instituições de Pagamento devem encaminhar relatórios ao Banco Central, enquanto os operadores devem reportar suas movimentações à Secretaria de Prêmios e Apostas. De acordo com a legislação, as casas de apostas devem enviar relatórios diários sobre as movimentações realizadas no site, utilizando um sistema específico da secretaria para isso.

No caso das Instituições de Pagamento, como a PayBrokers, o Banco Central já monitora para garantir que somente empresas devidamente autorizadas processem pagamentos. Isso ajuda a identificar e interromper operações de sites de apostas não autorizados.

Por isso, é essencial que a Instituição de Pagamento tenha a autorização necessária e seja regulada de forma próxima pelo Banco Central, cumprindo todas as exigências de envio de relatórios e prestação de contas.

A exigência de que os operadores tenham contas correntes no Brasil mudará a forma como eles se relacionam com empresas como a PayBrokers?
De forma alguma. Os serviços prestados anteriormente serão ajustados para atender às novas demandas do mercado regulado. Aquilo que antes era realizado será substituído por soluções adaptadas ao novo cenário, com o objetivo de impulsionar o crescimento dos operadores.

Esse relacionamento, na verdade, tende a se estreitar ainda mais. Em um mercado que passou por tantas mudanças, é fundamental que todo o ecossistema trabalhe em colaboração para facilitar as adaptações e fomentar inovações, lançamentos de produtos e crescimento do setor como um todo.

Quais são os planos da PayBrokers para 2025 e em que ela irá focar para continuar se expandindo no mercado brasileiro?
É difícil prever todo o ano de 2025 antes de testarmos as ferramentas do mercado regulado. Entretanto, nosso foco inicial será continuar prestando serviços que possibilitem aos nossos clientes o crescimento de seus faturamentos, a fidelização dos usuários, maior segurança nas operações e um ambiente confiável, consolidando o setor de apostas como uma forma de entretenimento.

Estamos comprometidos em garantir que cada cliente tenha acesso às melhores ferramentas e suporte para operar em um ambiente regulado, assegurando conformidade e qualidade em todas as transações. Para nós, o sucesso dos nossos parceiros é a medida de nosso próprio sucesso, e continuaremos sendo a referência no mercado, sempre um passo à frente das mudanças e demandas do setor.

O principal objetivo é garantir que o mercado funcione e cresça. Afinal, se a indústria não operar de forma eficiente, não há como ninguém prosperar.

Fonte: Exclusivo GMB